PF não se interessa por confissão de Mauro Cid… por enquanto
Investigadores da Polícia Federal (PF) que acompanham a investigação relacionada às tratativas de Mauro Cid para tentar vender presentes destinados a Jair Bolsonaro por nações estrangeiras afirmam que...
Investigadores da Polícia Federal (PF) que acompanham a investigação relacionada às tratativas de Mauro Cid para tentar vender presentes destinados a Jair Bolsonaro por nações estrangeiras afirmam que, ao menos neste momento, não há qualquer interesse na confissão do ex-ajudante de ordens da Presidência da República.
Na visão dos investigadores, Cid poderia acrescentar muito pouco ao inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A única revelação de fato importante, na avaliação dos agentes da PF, seria alguma comprovação documental que implicasse diretamente o ex-presidente da República. Motivo: os investigadores argumentam que uma confissão, por si só, não pode ser utilizada como meio de prova.
Outra questão apontada pelos investigadores é que há outros meios de se obter essas provas, como as quebras de sigilo do entorno do ex-presidente (leia-se o advogado Frederick Wassef e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro) ou mesmo as quebras de sigilo do próprio Bolsonaro.
Na semana passada, o advogado de Cid, César Bitencourt afirmou à revista Veja e a este site que o ex-ajudante de ordens estaria pronto para fazer uma confissão. Hoje, após uma série de entrevistas com versões diferentes, Bitencour disse à CNN Brasil que Cid teria recebido a seguinte ordem de Bolsonaro: “Resolve isso aí, Cid”.
A decisão do ex-ajudante de ordens de confessar foi tomada na esteira da Operação Lucas 12:2, que jogou luz sobre o que seria um esquema para vender presentes recebidos por Bolsonaro enquanto presidente da República.
Torcida por prisão
A possibilidade de confissão animou os adversários de Bolsonaro, que esperam ver o ex-presidente preso. “Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo”, escreveu o vereador Carlos Bolsonaro nas redes sociais.
O próprio ex-presidente comentou o assunto durante discurso na Assembleia Legislativa de Goiás, na noite da última sexta-feira. Embora tenha evitado mencionar diretamente a investigação sobre as joias recebidas por ele quanto presidente da República, Bolsonaro declarou: “Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)