PF investiga grupo que envia brasileiros ilegalmente ao exterior
Estima-se que a organização criminosa tenha levado para fora do Brasil pelo menos 115 pessoas, incluindo crianças e adolescentes
A Polícia Federal (PF) realizou, nesta quinta-feira, 11, uma operação com o objetivo de desmantelar um grupo especializado na migração ilegal de brasileiros para o exterior. Segundo as investigações, os suspeitos utilizavam documentos falsos e faziam parte de uma associação criminosa.
Estima-se que a organização criminosa tenha levado para fora do Brasil pelo menos 115 pessoas, incluindo crianças e adolescentes. Os destinos mais comuns dos migrantes eram os Estados Unidos, porém também foram identificados casos de brasileiros que foram para outros países. Através da análise dos materiais apreendidos, a PF espera confirmar os destinos finais.
Lucro de mais de R$ 11 milhões
De acordo com os investigadores, o esquema criminoso teria lucrado mais de R$ 11,5 milhões, já que cada brasileiro pagava uma quantia de 10 mil dólares para sair do país. Os lucros obtidos eram utilizados pelos criminosos para sustentar uma vida luxuosa.
Durante a operação, foram confiscados imóveis e veículos de luxo, equipamentos eletrônicos, joias, munição, documentos e valores em espécie. A suspeita é de que a organização criminosa tenha se aproveitado da falsificação de documentos para formar falsas famílias, facilitando assim a imigração ilegal. O dinheiro proveniente das atividades criminosas era investido em estabelecimentos comerciais na cidade de Ipatinga e em bens registrados em nome de terceiros.
Investigado atuava em MG
Um dos principais alvos da investigação é conhecido pela PF como responsável pelo crime de facilitar a migração ilegal na região do Vale do Aço, em Minas Gerais.
A operação de hoje resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG) e Sardoá (MG). Os mandados visam obter novas provas que confirmem as evidências já existentes de falsificação de documentos e promoção de migração ilegal.
Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de falsificação de documentos, promoção de migração ilegal e associação criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam oito anos de reclusão.
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