O prefeito da cidade alagoana de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), é investigado pela PF por suspeitas de um esquema de corrupção milionário envolvendo duas empresas. Em Alagoas, Gonçalves é um fiel aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).

Em 2020, ele chegou a agradecer Lira em frente ao FNDE pela liberação de recursos. Recentemente, deu o palanque da cidade de 75 mil habitantes ao candidato de Lira para o governo alagoano, Rodrigo Cunha. 

Ambos estiveram envolvidos em um esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas até 2007, quando a Operação Taturana desmantelou o esquema. À época Lira perdeu o cargo – Gilberto foi preso.

O esquema descoberto desta vez pela PF envolve a empresa Litoral Construções e Serviços, que recebeu mais de R$ 4 milhões nos últimos quatro anos em contratos para fornecer materiais de construção para a Prefeitura, segundo o G1. Já a Reauto, segunda empresa indicada, recebeu mais de R$ 13 milhões nos últimos quatro anos.

A PF investiga a entrada de dinheiro vivo na sede da prefeitura, dinheiro esse recolhido por servidores públicos. De acordo com o relatório da corporação, o prefeito é apontado como o “principal autor dos crimes e coordenador da ação dos demais investigados” e que “o pacote entregue por representantes da Litoral para funcionários do prefeito continha dinheiro em espécie sacado momentos antes”.

A PF apura se recursos federais que deveriam ir para a saúde pública da cidade foram desviados no esquema.