PF identifica 65 condenados do 8 de janeiro na Argentina
Segundo a PF, nenhum deles passou pelos controles migratórios e agora eles serão alvos de pedido de extradição
A Polícia Federal (PF) identificou que 65 brasileiros condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 entraram na Argentina e pediram refúgio. Segundo a PF, nenhum deles passou pelos controles migratórios e agora eles serão alvos de pedido de extradição.
Os pedidos de extradição serão protocolados no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os investigadores acreditam que os fugitivos, provavelmente, entraram na Argentina dentro de porta-malas de carros, caminhando pela ponte na fronteira ou, ainda, atravessando o rio Paraná, que separa o país do Brasil.
Na quinta-feira, 6, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou prender 208 envolvidos nos atos por descumprimento de medidas cautelares.
Do total, 49 haviam sido localizados e presos até a manhã desta sexta-feira, 7. A maioria nos estados de São Paulo (17) e Minas Gerais (7), além do Distrito Federal (7). Os demais 160 são considerados foragidos. Os nomes dos que não foram capturados serão incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Fugitivos do 8 de janeiro
No mês passado, uma reportagem do portal UOL revelou que condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro haviam quebrado tornozeleiras eletrônicas e fugido para a Argentina ou para o Uruguai. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a inclusão dos fugitivos na difusão vermelha da Interpol.
Na semana passada, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Rodrigo Valadares (União-SE) viajaram a Buenos Aires para participar de um evento promovido pela deputada argentina Maria Celeste Ponce, aliada do presidente Javier Milei.
Os parlamentares bolsonaristas pediram que os brasileiros considerados foragidos pelos atos de 8 de janeiro sejam recebidos como exilados políticos.
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