PF deflagra nova fase da Operação Lesa Pátria nesta quinta
A Polícia Federal (PF) cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em nova fase da Operação Lesa Pátria deflagrada...
A Polícia Federal (PF) cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em nova fase da Operação Lesa Pátria deflagrada nesta manhã de quinta-feira (17). Essa é a 14ª fase da operação. As ações miram suspeitos de financiar os protestos que levaram a atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e em cinco estados: Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná e Santa Catarina. A PF ainda não divulgou os nomes dos alvos. Pelo menos cinco dos 10 alvos dos mandados de prisão foram detidos até as 7h10.
Dos mandados de prisão, Paraíba teve apenas um; DF, Goiás e Paraná, dois cada; e Santa Catarina, três. Bahia não teve nenhum.
Santa Catarina também concentrou os mandados de busca e apreensão com 7. Nenhum outro estado teve mais que dois.
Dois dos presos já foram identificados, segundo diversos veículos de imprensa.
Um deles é o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, em Santa Catarina. Ele tem publicações nas redes sociais com pedidos de “intervenção federal” e fotos ao lado do filho 04 de Jair Bolsonaro, Jair Renan.
O outro é a cantora gospel Fernanda Oliver, conhecida como a “musa das manifestações golpistas bolsonaristas”, que transmitiu ao vivo a invasão do 8 de janeiro. Ela mora em Goiânia.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”, detalha a polícia em nota.
“Os alvos desta fase são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de ‘Festa da Selma‘, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões”, informa a PF. Segundo a polícia, o termo “Festa da Selma” foi usado para organizar o transporte para as invasões. Foi usando essa expressão, também, que os envolvidos teriam compartilhado coordenadas e “instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos”.
“Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.”
Inquéritos
Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República general Gonçalves Dias no inquérito que apura a participação de militares no 8 de janeiro. Moraes atendeu a pedido da Procuradoria Geral da Presidência (PGR).
Também nesta semana, Moraes deu início ao processo que pode tornar réus mais 70 envolvidos na invasão dos principais prédios da Esplanada dos Ministérios. O STF já aceitou quase 1.300 denúncias contra suspeitos de participar dos atos.
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