Pezão recebeu propina “desde o primeiro instante” do governo, diz Cabral
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, nesta tarde, Sérgio Cabral disse que seu sucessor no comando do governo do Rio, Luiz Fernando Pezão, participou do esquema de propinas da administração estadual "desde o primeiro instante"...
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, nesta tarde, Sérgio Cabral disse que seu sucessor no comando do governo do Rio, Luiz Fernando Pezão, participou do esquema de propinas da administração estadual “desde o primeiro instante”.
“Pezão participou da estruturação de benefícios indevidos desde o primeiro instante do nosso governo. Desde a campanha eleitoral que me elegeu governador pela primeira vez e durante os oito anos em que fui governador. Ele vinha da gestão Rosinha Garotinho, era auxiliar do [Anthony] Garotinho na Secretaria de Governo, havia sido prefeito da cidade de Piraí, no sul fluminense, e o chamei para ser meu vice”, afirmou Cabral.
“Assim que vencemos a eleição, o nomeei secretário de Obras e, desde o primeiro momento, tocamos os investimentos em infraestrutura. Ali estabelecemos a propina da Secretaria de Obras: dos 5% que seriam cobrados, 3% viriam para o meu núcleo, 1 % núcleo do Pezão e 1% para membros do TCE, que trabalharia para a aprovação das licitações. O piso era esse”, prosseguiu o ex-governador do Rio.
Ainda de acordo com Cabral, foi Pezão quem batizou de “taxa de oxigênio” as propinas pagas na secretaria.
“Quem estabeleceu [o nome] foi o próprio Pezão. Ele dizia que tinha que abastecer os subsecretários. Hudson [Braga], Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra faziam esses repasses R$ 150 mil por mês. Eventualmente, ele [Pezão] ainda recebia pagamentos extras que variavam, uma espécie de bônus.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)