Petrobras justifica manutenção de preço do diesel
A Petrobras acaba de soltar uma nota em relação ao questionamento feito pela CVM sobre a decisão de adiar o reajuste do preço do diesel. Segundo a direção da companhia, o adiamento do reajuste foi feito a pedido da União diante "das ameaças de início de uma nova paralisação" dos caminhoneiros...
A Petrobras acaba de soltar uma nota em relação ao questionamento feito pela CVM sobre a decisão de adiar o reajuste do preço do diesel.
Segundo a direção da companhia, o adiamento do reajuste foi feito a pedido da União diante “das ameaças de início de uma nova paralisação” dos caminhoneiros.
“A Companhia revisitou sua posição de hedge e avaliou que as operações contratadas na quarta-feira (10/04/19) permitiam um espaçamento por mais alguns dias no reajuste do preço do diesel.
Diante desse cenário, a Petrobras decidiu, com base em avaliação técnica, que, por ora, não alteraria o preço do diesel, tendo comunicado tal decisão tempestivamente ao mercado.”
Leiam a íntegra:
Esclarecimento
Em resposta ao Ofício, a Petrobras esclarece que, diante das informações crescentes acerca de uma possível nova paralisação de caminhoneiros semelhante à ocorrida no país em maio de 2018, a Diretoria Executiva, em 25/03/2019, decidiu alterar a periodicidade dos reajustes de preços do óleo diesel, que passaram ser realizados em intervalos não inferiores a 15 (quinze) dias, conforme comunicado ao mercado divulgado em 26/03/2019.
Independente disso, a Petrobras manteve os mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino.
Desde então, a Companhia vem acompanhando, através do seu Comitê de Crise, o cenário de potencial movimento grevista e seus possíveis impactos para a Petrobras, semelhantes aos avaliados quando da greve dos caminhoneiros acima mencionada, como dificuldades logísticas, redução de carga em refinarias, com risco de eventual paralisação de operações e prejuízos diretos para os resultados da área do Refino e, consequentemente, para a área de Exploração & Produção, dentre outros.
Diante do anúncio de reajuste do valor do diesel em 5,7% realizado em 11/04/2019, e das ameaças de início de uma nova paralisação, a União alertou para o possível agravamento da situação e solicitou esclarecimentos à Petrobras sobre o reajuste proposto.
A Companhia, então, revisitou sua posição de hedge e avaliou que as operações contratadas na quarta-feira (10/04/19) permitiam um espaçamento por mais alguns dias no reajuste do preço do diesel.
Diante desse cenário, a Petrobras decidiu, com base em avaliação técnica, que, por ora, não alteraria o preço do diesel, tendo comunicado tal decisão tempestivamente ao mercado.
A Petrobras reafirma a manutenção do alinhamento do preço do diesel ao mercado internacional, com o preço médio em 2019 acima do PPI (Preço Paridade Internacional).
Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado.
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