O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ, foto à direita) – namorado da presidente da executiva nacional do PT, Gleisi Hoffmann, – apresentou nesta segunda-feira, 25, um pedido de prisão preventiva de Jair Bolsonaro junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) após o ex-presidente ter ficado dois dias hospedado na embaixada da Hungria.

Como mostramos mais cedo, o jornal americano The New York Times revelou imagens que mostram que Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria quatro dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis da PF, que investigou um plano para se dar um suposto golpe de estado no Brasil.

O jornal sugere que Bolsonaro estava tentando uma aproximação com Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, com planos de escapar do sistema judicial brasileiro. Como também noticiamos, a PF instaurou inquérito para apurar os motivos pelos quais o ex-presidente esteve por dois dias na embaixada.

“A estadia na Embaixada sugere que o ex-presidente estava tentando alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro ministro Viktor Orban, numa tentativa de escapar ao sistema de justiça brasileiro, enquanto enfrenta investigações criminais no Brasil”, diz o parlamentar na representação criminal.

A defesa do ex-presidente da República nega que ele tenta tentado se abrigar na embaixada da Hungria após a operação da PF.

“O ex-presidente da República Jair Bolsonaro passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo. Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires”, afirmaram os advogados de Bolsonaro.

“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, acrescenta a defesa do ex-presidente da República.