As perguntas que Lula quer ouvir
A colunista social da Folha de S. Paulo trata os pagamentos de propina a Lula como um simples caso de promiscuidade entre público e privado. Ela não deve ter visto os novos e-mails de Marcelo Odebrecht, que falam especificamente sobre a reforma do sítio de Atibaia e dos repasses da conta Amigo...
A colunista social da Folha de S. Paulo trata os pagamentos de propina a Lula como um simples caso de promiscuidade entre público e privado.
Ela não deve ter visto os novos e-mails de Marcelo Odebrecht, que falam especificamente sobre a reforma do sítio de Atibaia e dos repasses da conta Amigo.
Leia mais um trecho de sua entrevista ao criminoso condenado pela Lava Jato, em que ela faz as perguntas que ele gostaria de responder:
Empreiteiras fizeram uma reforma no sítio de Atibaia porque o senhor o frequentava. Independentemente de a Justiça concluir se houve ou não crime, não foi no mínimo indevido, uma relação promíscua entre um político e uma empreiteira?
Não. Esse é um outro tipo de processo. Não é o processo do qual estou sendo vítima.
É uma pergunta que estou fazendo ao senhor.
Essa pergunta eu espero que seja feita em juízo, pelo Moro. Porque primeiro disseram que o sítio era meu. Aí descobriram que ele tem dono. Então mudaram [para dizer que] me fizeram favor. Se fizeram, não me pediram. Eu fiquei sabendo desse sítio no dia 15 de janeiro de 2011.
Por que empreiteiras tinham que bancar a manutenção do acervo formado na presidência, por que tinham que reformar o sítio? Essa relação não passou do ponto?
Quando eu for prestar depoimento, eu espero que essas sejam as perguntas que eles me façam.
Mas eu estou fazendo agora.
Não, você não é juíza. Eu vou esperar o juiz. Porque se eu responder para você, o Moro vai fazer outras. Aí, quer discutir a questão da ética, vamos discutir. É um outro processo. Eu quero saber onde eles vão chegar. Eu quero saber o limite da mentira.
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