“Pensar em matar alguém não é crime”, diz Flávio Bolsonaro
"Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime", disse o senador ao comentar a Operação Contragolpe, que investiga plano para "neutralizar" Moraes e Lula
O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ, foto) se manifestou a respeito da operação da Polícia Federal que prendeu nesta terça-feira, 19, um general reformado, um policial militar e três kids pretos, como são chamados os integrantes das Forças Especiais do Exército.
“Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um “gabinete de crise” integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes”, escreveu o parlamentar na rede social X.
O senador ainda disse que é autor de proposta para criminalizar a conduta em questão e insinuou que a decisão judicial pela prisão dos oficiais do Exército não tem amparo legal. “Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”.
Flávio é considerado, na prática, um líder da ala bolsonarista no Congresso Nacional. Poucas manifestações do segmento são perceptíveis nas redes sociais até o momento sobre o caso.
Operação
A Operação Contragolpe foi baseada em investigação sobre um plano para “neutralizar” Alexandre de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin em 2022. Ou seja, não se tratava apenas de desejar a morte dos três, mas de planejar a execução do ato.
De acordo com relatório da Polícia Federal, “o objetivo do grupo criminoso era não apenas ‘neutralizar’ o ministro ALEXANDRE DE MORAES, mas também extinguir a chapa presidencial vencedora, mediante o assassinato do presidente LULA e do vice-presidente GERALDO ALCKMIN, conforme disposto no planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo’, elaborado pelo general MARIO FERNANDES”.
Na Câmara
Ao comentar o assunto, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), outro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez menção à declaração do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, de que foi armado ao STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes, mas recuou pela “mão invisível do bom senso”.
” Como ficou muito ridículo prender politicamente senhorinhas e mães de famílias desarmadas, o sistema tenta agora reforçar suas narrativas ao prender pessoas hoje alegando “plano para matar” autoridades. Esqueça o jurídico que já não há neste país – atos preparatórios não são puníveis e não há nos fatos qualquer início de execução, se é que há algum plano criminoso”, disse.
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Comentários (1)
MARCOS
19.11.2024 13:36COMEÇOU A REBELIÃO PARA ASSUNÇÃO DO COMUNISMO.