Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões em acordos Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões em acordos
O Antagonista

Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões em acordos

avatar
Alexandre Borges
4 minutos de leitura 17.09.2024 06:18 comentários
Brasil

Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões em acordos

Banco pode ter que arcar com indenização recorde em processo de R$ 40 milhões movido por viúva de ex-diretor

avatar
Alexandre Borges
4 minutos de leitura 17.09.2024 06:18 comentários 0
Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões em acordos
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal foi condenada a pagar R$ 14 milhões em indenizações e acordos trabalhistas relacionados a casos de assédio moral e sexual durante a gestão de Pedro Guimarães, ex-presidente da instituição durante o governo Bolsonaro.

Os processos envolvem tanto funcionários que sofreram abusos quanto um caso de maior repercussão, no qual a viúva do ex-diretor de Controles Internos e Integridade, Sérgio Batista, pede R$ 40 milhões, alegando que o suicídio de seu marido, ocorrido em 2022 na sede da Caixa, foi resultado de pressões no ambiente de trabalho.

Além da cifra milionária já desembolsada, a Caixa fechou um acordo de R$ 10 milhões com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para encerrar investigações sobre os episódios de assédio moral e sexual.

Outras condenações incluem o pagamento de R$ 3,5 milhões em processo movido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, referente a um episódio no qual Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões. Em outro caso, um funcionário foi indenizado em R$ 52 mil por ter sido forçado a comer pimenta.

Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, determinou que o banco cobrasse de Pedro Guimarães os valores pagos em multas e indenizações. Entretanto, ainda não se sabe se o atual presidente, Carlos Antônio Vieira Fernandes, dará continuidade a essa medida.

Enquanto as indenizações avançam na esfera trabalhista, as mulheres que acusam Pedro Guimarães de assédio sexual aguardam o andamento do processo criminal. A defesa de Guimarães nega todas as acusações, afirmando que “ele jamais praticou crimes” e critica a investigação conduzida pela Caixa, alegando falta de isenção.

A Caixa informou que reforçou suas políticas internas para combater o assédio e proteger denunciantes, mas o impacto na credibilidade e imagem da instituição continua difícil de ser calculado, já que os danos vão além dos valores financeiros.

Pedro Guimarães gerou constrangimento na época ao governo celular

Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, foi uma figura de grande proximidade com Jair Bolsonaro, tendo sido considerado um dos aliados mais próximos do ex-presidente. Essa relação, marcada por confiança e apoio mútuo.

Guimarães esteve ao lado de Bolsonaro desde o início de seu mandato, em 2019. Além disso, a proximidade entre ambos vinha de antes, já que Guimarães organizou viagens aos Estados Unidos para Bolsonaro antes mesmo da campanha presidencial de 2018, apresentando-o a investidores estrangeiros.

Durante o governo Bolsonaro, Guimarães participou de forma ativa, sendo presença constante em lives semanais e solenidades presidenciais. Ele também acompanhava o então presidente em eventos políticos, comícios e até em motociatas, reforçando o apoio incondicional ao projeto político de Bolsonaro. A relação era tão forte que, em 2022, o nome de Guimarães chegou a ser cogitado como possível candidato a vice na chapa de reeleição.

Guimarães afirmou ter realizado cerca de 100 viagens ao lado de Bolsonaro, e o ex-presidente costumava se referir a ele como um “amigo” e “excelente companhia”. Essa proximidade ajudou a construir sua imagem como alguém de extrema confiança dentro do governo.

O escândalo de assédio sexual que emergiu contra Pedro Guimarães em 2022 causou grande constrangimento ao governo, levando à sua saída do cargo. As denúncias abalaram não apenas sua reputação, mas também o governo de Bolsonaro, que precisou lidar com a repercussão negativa diante da relação próxima entre ambos.

O caso Pedro Guimarães tornou-se um dos maiores escândalos de assédio em instituições públicas do Brasil, resultando em processos milionários e forçando mudanças internas na Caixa Econômica Federal.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Justiça Eleitoral de Goiás torna Caiado inelegível por 8 anos

Visualizar notícia
2

Câmara amplia bomba fiscal e aprova refinanciamento da dívida dos Estados

Visualizar notícia
3

Quase ninguém confia no pacote fiscal de Haddad, indica Quaest

Visualizar notícia
4

Crusoé: Lula não confia em Alckmin?

Visualizar notícia
5

Sem liberação de emendas, deputados vão esvaziar pacote fiscal de Haddad

Visualizar notícia
6

“A idolatria mórbida a Luigi Mangione”

Visualizar notícia
7

Crusoé: Fábrica da "droga da jihad" é encontrada na Síria

Visualizar notícia
8

Jornalista americana causa revolta ao comentar assassinato

Visualizar notícia
9

"Prepare-se para o confronto: a luta contra o identitarismo chegou"

Visualizar notícia
10

Senador de Alagoas consegue boquinha para sogra na Câmara

Visualizar notícia
1

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
2

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
3

O pedido de desculpas de Pablo Marçal a Tabata Amaral

Visualizar notícia
4

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
5

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
6

Datena a Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes”; haja testosterona

Visualizar notícia
7

Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas

Visualizar notícia
8

Crusoé: Missão da ONU conclui que Maduro adotou repressão "sem precedentes"

Visualizar notícia
9

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
10

Deputado apresenta PL Pablo Marçal, para conter agressões em debates

Visualizar notícia
1

Câmara aprova proibição de celulares em escolas

Visualizar notícia
2

Câmara aprova dobro de pena para crimes em tragédias

Visualizar notícia
3

Americanas aprova ação judicial contra ex-diretores

Visualizar notícia
4

A expansão do universo "Suits": Novidades da nova série "Suits: L.A."

Visualizar notícia
5

Crusoé: A cultura Woke está chegando ao fim?

Visualizar notícia
6

1xBet cassino - Site confiável e com jogos exclusivos no Brasil

Visualizar notícia
7

Só vai sobrar Lula como elegível?

Visualizar notícia
8

França articula forças de manutenção da paz para a Ucrânia

Visualizar notícia
9

Melinda Gates destina milhões para IA, mas reforça agenda woke

Visualizar notícia
10

“Não se espera tamanho descaso com a legislação eleitoral”

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

Jair Bolsonaro e Pedro Guimarães
< Notícia Anterior

Impacto de cadeirada na TV para Marçal deve ser diminuto, dizem comitês

17.09.2024 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Guia completo sobre o Abono Salarial PIS/Pasep

17.09.2024 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Alexandre Borges

Analista Político em O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Câmara aprova proibição de celulares em escolas

Câmara aprova proibição de celulares em escolas

Visualizar notícia
Câmara aprova dobro de pena para crimes em tragédias

Câmara aprova dobro de pena para crimes em tragédias

Deborah Sena Visualizar notícia
“Não se espera tamanho descaso com a legislação eleitoral”

“Não se espera tamanho descaso com a legislação eleitoral”

Visualizar notícia
Guerra dos tronos: Mais uma PEC reforça imunidade parlamentar

Guerra dos tronos: Mais uma PEC reforça imunidade parlamentar

Deborah Sena Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.