Pecuarista confirma reunião no Instituto Lula
Na entrevista ao Estadão, José Carlos Bumlai confirmou a relação com Fernando Baiano, mas jurou que nenhum dos negócios entre ambos tem relação com Lula ou sua família. As explicações sobre o encontro no Instituto Lula, porém, não convenceram...
Na entrevista ao Estadão, José Carlos Bumlai confirmou a relação com Fernando Baiano, mas jurou que nenhum dos negócios entre ambos tem relação com Lula ou sua família. As explicações sobre o encontro no Instituto Lula, porém, não convenceram.
Estadão – Conhece Fernando Baiano?
Bumlai – Conheço, conheço sim. Fernando Baiano eu conheci como empresário de uma empresa internacional muito grande que é a Acciona, trabalhando no ramo de energia. Ah, o Baiano falou que fizemos um projeto da OSX com a Sete Brasil. Eu fui apresentado ao grupo Eike Batista pelo Fernando Baiano, tentando vender um projeto termelétrico meu, uma usina, de 660 megas. Ele teria dito que o Grupo Eike Batista teria interesse em comprar, me apresentou lá, eu fui lá, abrimos uma relação de negócios, certo? Se interessaram, realmente um negócio espetacular.Foi em 2011, aí o que aconteceu? Começam a misturar as coisas.Conversando com ele (Baiano) eu falei ‘olha, o Ferraz está marcando uma audiência lá com o presidente Lula, o João Carlos Ferraz, o João Carlos’. Eu vou fechar com ele aqui, diz que se marcar eu te aviso.
Estadão – E depois?
Bumlai – Marcou, aí fomos almoçar, era às 15 horas a audiência. Almocei com ele no restaurante Tatina, ele me apresentou o Ferraz nesse momento. Eu não conhecia o Ferraz, não tinha noção de quem era o Ferraz. Ele contou lá as preocupações com respeito ao setor e tal. Eu disse, ‘olha, não entendo nada disso, vou até dar uma recomendação. Vai conversar com o presidente, seja sucinto e coloca o teu problema rápido porque é um entra e sai que…Terminado o almoço, o Baiano foi embora. Eu levei o Ferraz lá no Instituto, apresentei o Ferraz. Ele não conhecia o presidente. Eu fiquei olhando um livro do Corinthians e saí. Tinha uma outra pessoa na sala, eu não lembro quem era, acho que era o (Paulo) Okamoto (presidente do Instituto Lula). Fiquei lá, conversando, quando terminou não sei se foi mais de 30 ou 40 minutos, não me lembro também, mas acho que dei carona para ele até o aeroporto. Eu não conversei, fiquei sabendo depois do negócio da indústria naval, sondas, OSX. Eu não falei.
Estadão – Fernando Baiano diz que passou R$ 2 milhões para o sr. quitar uma dívida da nora do ex-presidente Lula.
Bumlai – Ele fala que me deu R$ 3 milhões, depois virou R$ 2 milhões, ele até se confunde na delação. Em 2011, no mês de setembro, eu tive uma dificuldade, eu não lembro porque, dificuldade financeira. Como eu estava com aquele meu negócio que renderia um bom… eu tinha aberto um canal de conversa com o Fernando, eu pedi a ele, ‘Fernando me arruma um milhão e meio, nem três, nem dois, me arruma um milhão e quinhetos mil, eu te devolvo. Ele me arrumou, esta é a minha verdade.
Estadão – O sr conhece a nora do Lula?
Bumlai – Eu conheço as quatro, conheço as quatro noras. Também não sei se ela comprou apartamento.
Estadão – A que o sr atribui Fernando Baiano contar essa história?
Bumlai – O que eu acho? Imagina você se tivesse realmente acontecido isso. Ele tentou me arrumar um financiamento internacional, não deu certo. Ele tentou me achar um grupo africano, não deu certo. Tentou me ajudar. Eu não vou entrar nesse íntimo porque eu não estou dentro dele.
É claro, Bumlai, se você estivesse dentro de alguém, esse alguém seria o Lula.
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