Pazuello muda versão oficial sobre alerta de falta de oxigênio em Manaus
Em depoimento à Polícia Federal no início do mês, Eduardo Pazuello mudou a versão oficial sobre quando o governo federal foi informado do risco de escassez de oxigênio em Manaus (AM)...
Em depoimento à Polícia Federal no início do mês, Eduardo Pazuello mudou a versão oficial sobre quando o governo federal foi informado do risco de escassez de oxigênio em Manaus (AM).
O ministro disse à PF que o governo do Amazonas pediu, no dia 8 de janeiro, o envio de 150 cilindros, mas que “não houve qualquer tipo de menção ao iminente colapso de fornecimento de oxigênio na cidade de Manaus-AM”.
Apenas na noite do dia 10, segundo ele, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), relatou “um problema de abastecimento de oxigênio”.
O problema é que, em manifestação ao Supremo, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi, informou que o Ministério da Saúde ficou sabendo da “crítica situação do esvaziamento de estoque de oxigênio em Manaus” no mesmo dia 8 de janeiro, a partir de um e-mail enviado pela White Martins, fabricante do insumo.
No depoimento, Pazuello afirmou que “o documento mencionado nunca foi entregue oficialmente ao Ministério da Saúde, bem como a empresa nunca realizou contatos informais com representantes do Ministério”.
O general alegou que houve um “equívoco” de um funcionário da pasta ao subsidiar Levi com informações sobre o episódio. “O equívoco se deu em virtude do prazo exíguo de 48 horas para apresentação da resposta junto ao STF”, disse.
A pedido da PGR, o Supremo apura se o ministro da Saúde foi omisso no enfrentamento da pandemia em Manaus.
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