Paulo Pimenta usa “fake news” para passar pano para fala de Lula
Pimenta distorce fatos e usa termo "conteúdo falso" para deslegitimar as críticas do ministro das Relações Exteriores israelense a Lula
O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta (PT; foto), distorceu os fatos e usou o termo “conteúdo falso” para deslegitimar as críticas do ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, à declaração de Lula comparando a situação em Gaza ao Holocausto.
“O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o Holocausto”, publicou Pimenta no X nesta terça-feira, 20 de fevereiro.
“Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças”, acrescentou.
Nesta terça, Katz reiterou a espera por uma retratação de Lula pela comparação da situação em Gaza ao Holocausto.
“Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera de seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, publicou Katz.
“Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então – continuará sendo persona non grata em Israel!”, acrescentou.
Fala do Presidente provoca reações
Os comentários do Presidente Lula repercutiram negativamente entre os israelenses e a comunidade judaica. Na continuação da sua publicação, o ministro adicionou: “Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros.”
Possível persona non grata
Katz finalizou sua publicação com um aviso: “Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então, continuará sendo persona non grata em Israel!” O título de “persona non grata” é usualmente utilizado na diplomacia para designar indivíduos ou entidades que são indesejáveis ou não bem-vindos em um determinado país.
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