Pátria Livre
É preciso acabar com o mercado do fundo partidário. Diz o editorial de O Globo: "Em nenhum país com elevada fragmentação partidária o registro oficial de uma legenda permite acesso a recursos públicos...
É preciso acabar com o mercado do fundo partidário.
Diz o editorial de O Globo:
“Em nenhum país com elevada fragmentação partidária o registro oficial de uma legenda permite acesso a recursos públicos. Só no Brasil. Um partido com 3 mil sócios e que elegeu um só vereador em um quarto de século de existência, como o Causa Operária, recebe R$ 1,2 milhão anuais do orçamento federal. Outro com um deputado federal, como o Pátria Livre (ex-MR-8), garante R$ 2,2 milhões do Erário.
Agora, começa a ser revelado um novo artifício, o dos candidatos laranjas. Eleitoralmente inviáveis, apresentam um custo por voto recebido na faixa dos R$ 30 mil. Vários já foram detectados no PSL do presidente Jair Bolsonaro e em mais de uma dezena de partidos.
O conjunto dessas anomalias deixa clara a necessidade de uma reforma política, eleitoral e partidária. A elevada fragmentação é produto de mercantilismo amparado por decisões erráticas do Legislativo e do Judiciário sobre organização, financiamento, fidelidade e barreiras. Consolidou-se um mercado no qual partidos servem de fachada a negócios de alta rentabilidade para alguns poucos, financiados com recursos legalmente garantidos no orçamento público — ou seja, sustentados por toda a sociedade.”
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