Partidos do Centrão são favoritos em Porto Alegre e Curitiba
MDB deve vencer disputa na capital do Rio Grande do Sul; na capital do Paraná, força do PSD tende a prevalecer sobre partido nanico PMB
Os candidatos de partidos do Centrão são os favoritos nas disputas pelas capitais do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, e do Paraná, Curitiba. Nos dois casos, os candidatos que lideram as pesquisas despontam com pelo menos dez pontos percentuais de distância em relação aos seus adversários.
A situação é considerada mais tranquila para Sebastião Melo (MDB), que disputa a prefeitura de Porto Alegre contra a petista Maria do Rosário. Pesquisa Quaest divulgada neste sábado aponta uma expectativa de vantagem de 26 pontos percentuais ao emedebista dentro dos votos válidos, indicando que ele conseguiu atrair, principalmente, os votos da terceira colocada na disputa, a ex-deputada estadual Juliana Brizola.
Crise climática foi tônica de campanha em Porto Alegre
Ao longo da campanha, o prefeito foi duramente criticado pelas falhas nas bombas d’água responsáveis pela drenagem da água do lago Guaíba. Apesar disso, ele conseguiu crescer substancialmente na reta final da campanha eleitoral.
Durante os programas eleitorais, tanto no primeiro quanto no segundo turno, os candidatos lembraram da maior tragédia climática da história de Porto Alegre. Neste ano, cinco pessoas morreram, 14,2 mil ficaram desabrigadas e 160 mil foram atingidas direta ou indiretamente em virtude da elevação do lago Guaíba, que chegou a 5,33 metros. Essa foi a maior cheia desde 1941, quando o Guaíba chegou a 4,76 metros naquele ano.
Em Curitiba, Golias deve vencer Davi
Já em Curitiba, o vice-prefeito da capital do Paraná, Eduardo Pimentel (PSD), lidera contra a candidata Cristina Graeml do nanico PMB e considerada uma das maiores surpresas da eleição deste ano. Segundo levantamento da Quaest divulgado na noite deste sábado, Pimentel tem 55% das intenções dos votos contra 45%.
O vice-prefeito tem apoio do atual chefe de Poder Executivo, Rafael Greca, do governador Ratinho Júnior e do presidente do partido, Gilberto Kassab (foto). Caso os resultados das pesquisas se confirmem, vai prevalecer o peso das máquinas pública e partidária contra uma candidata que teve que se contentar com uma estrutura mínima de campanha.
Além disso, a jornalista, na última semana, sofreu várias defecções, inclusive do seu próprio partido, cuja executiva estadual declarou neutralidade na reta final da campanha. O ex-presidente Jair Bolsonaro que chegou a vislumbrar um apoio a Graeml no segundo turno, no final ficou neutro na disputa.
Também pesou contra Cristina nesse final de segundo turno algumas declarações polêmicas como a defesa de uma tarifa de transporte público por quilômetro rodado. A ideia foi criticada por gestores da Região Metropolitana de Curitiba e explorada a exaustão por Pimentel para desgastar a jornalista junto ao público mais humilde e que mora mais distante do centro da capital paranaense.
Outra proposta polêmica de Cristina foi a cobrança de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) para moradores da Região Metropolitana de Curitiba. Um grupo de prefeitos emitiu uma nota demonstrando contrariedade à proposta e declarou que isso demonstra um “desconhecimento sobre o sistema de saúde” por parte da candidata.
Acompanhe ao vivo a apuração do segundo turno, no canal de O Antagonista no YouTube ou na TV BM&C, com a equipe de colunistas do portal.
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