“Parte dos juízes se abriga sob o manto do combate à corrupção para manter privilégios”
Em editorial, o Estadão comenta as declarações estapafúrdias dos juízes que fizeram a "mobilização" em defesa do auxílio-moradia e outros penduricalhos -- e, assim como este site, de como o CNJ não poderia omitir-se diante de uma paralisação de juízes...
Em editorial, o Estadão comenta as declarações estapafúrdias dos juízes que fizeram a “mobilização” em defesa do auxílio-moradia e outros penduricalhos — e, assim como este site, de como o CNJ não poderia omitir-se diante de uma paralisação de juízes:
“O que a Ajufe não consegue explicar aos cidadãos – que em sua grande maioria não recebe por mês como salário o que muitos juízes recebem como extravagância – é como a aplicação da lei para moralizar a destinação de recursos públicos pode representar ameaça à livre e independente atuação dos magistrados. Parece claro que parte dos juízes federais se abriga sob o manto do combate à corrupção, tema particularmente caro aos brasileiros, para, em seu nome, fazer valer a manutenção de privilégios de classe.”
E ainda:
“Como Daldice Santana lembrou em seu voto, ao CNJ não cabe o controle prévio dos atos praticados por entidades associativas. Mas ao Conselho não só cabe, como é da essência de suas atribuições aplicar justas e devidas sanções legais aos juízes que aderiram à greve ao arrepio da lei. Se o órgão de controle interno do Poder Judiciário não agir com rigor diante de um despautério como uma greve de juízes, aos olhos da sociedade perderá a razão de existir.”
Na verdade, o CNJ nunca teve razão de existir. Razão democrática, evidentemente.
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