Parlamentares sobre reforma ministerial: “Troca de seis por meia dúzia”
Membros do Congresso recebem com pessimismo aviso sobre reforma ministerial e destacam que o problema não está nos ministros, mas em Lula
Parlamentares de diferentes partidos encaram com pessimismo o anúncio da reforma ministérial feito pelo governo Lula.
“A nova reforma ministerial proposta pelo presidente Lula é, na essência, uma troca de ‘seis por meia dúzia’, ou seja, alterações que não trazem melhorias significativas”, disse a O Antagonista o vice-líder da oposição no Senado, Magno Malto (PL-ES).
Para o parlarlamentar, o país “enfrenta desafios profundos” e “a substituição de três ou quatro ministros dificilmente terá um impacto transformador”.
Malta avalia ainda que a dificuldade da base governista nas votações continuará gerando uma “relação conflituosa”, já que as “propostas do Executivo, frequentemente, colidem com os interesses da população brasileira”.
Espírito vingativo
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que a relação entre os dois Poderes só terá evolução com a “pacificação” entre os extremos políticos do país.
Segundo o parlamentar, para melhorar a relação entre Executivo e Legislativo, o governo teria que “fazer algo que é um clamor da população, que é acenar pela pacificação de verdade no país e não ficar só com lorota, não ficar só em falácia, falar em pacificação, encher a boca para falar, mas diz:’sem anistia’. Justamente eles, que fazem parte do espectro político ideológico que assaltava banco, que sequestrava embaixador e tiveram anistia”.
E acrecentou: “Então isso realmente mostra que o espírito do governo é vingativo, é de revanche e isso não vai melhorar a relação”.
“Centrão em cena”
O senador Izalci Lucas (PL-DF) acredita que o governo só terá êxito sobre o placar de votações do Congresso se cumprir as exigências do ‘centrão’ com a reforma.
Ele afirmou: “Com a turma do centrão é possível que o governo conquiste novos adeptos, o que acaba ajudando na aprovação de projetos”.
“A culpa é do Lula”
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) avalia que as maiores ‘inoperâncias’ do atual governo são decorrentes das ações do presidente Lula. E que, por tanto, a mudança de ministros não impactará nos resultados da gestão, tão pouco na relação com o Congresso.
De acordo como líder do MBL, as mudanças “não serão eficazes. O problema do governo chama-se Lula. nao tem reforma ministerial que resolva. O desastre na economia, na articulação política e na comunicação são culpa do presidente. Qualquer uma dessas questões só se resolverão quando ele cair”.
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Comentários (1)
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
13.01.2025 19:03As áreas de redação e revisão de OA continuam assassinando o idioma de Camões!