Paralisações no Porto de Santos geram prejuízos milionários Paralisações no Porto de Santos geram prejuízos milionários
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Paralisações no Porto de Santos geram prejuízos milionários

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 14.09.2024 07:02 comentários
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Paralisações no Porto de Santos geram prejuízos milionários

A paralisação no Porto de Santos, devido a greves e condições climáticas, impacta diretamente a navegação e gera prejuízos milionários.

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Paralisações no Porto de Santos geram prejuízos milionários
Créditos: depositphotos.com / vbacarin

A paralisação das atividades no cais santista pode acarretar prejuízos milionários para os armadores, que são as empresas proprietárias de navios mercantes. Em 2023, por exemplo, a navegação foi interrompida por 80 horas, resultando em grandes prejuízos para o setor. O impacto dessas paralisações é significativo e envolve custos elevados devido à interrupção das operações.

O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado (Sindamar) informou que 195 horas com um navio parado podem custar entre R$ 1,1 milhão e R$ 4,5 milhões, dependendo do tipo da embarcação. Esses valores foram calculados com base na cotação do dólar a R$ 5,62. Além do custo fixo do navio, os terminais aplicam multas para qualquer tipo de atraso nas saídas dos navios, por eles permanecerem atracados e inoperantes.

Impactos Econômicos da Paralisação no Porto de Santos

A paralisação das atividades no Porto de Santos teve um grande impacto econômico. De acordo com a Sindamar, as penalidades para atrasos nas saídas dos navios variam conforme a metodologia de cada empresa, mas geralmente custam entre R$ 7 mil e R$ 8 mil por seis horas. Portanto, a paralisia não afeta apenas diretamente a operação dos navios, mas também acarreta em multas elevadas para os armadores.

Quantas Horas as Atividades do Cais Santista Ficaram Suspensas em 2024?

Até quarta-feira (11), as atividades no cais santista ficaram suspensas por 195 horas no total. Esse período é equivalente a oito dias e três horas sem operações. Especialistas explicam que o aumento da neblina na região tem relação com as mudanças climáticas, além de fatores como incêndios e o inverno mais rigoroso em algumas partes do Brasil.

Por que a Neblina Afeta Tanto o Porto de Santos?

Neblina, ventos fortes e condições do mar são os principais fatores climáticos para a paralisação do cais santista. Neste último ano, o maior registro foi a baixa visibilidade causada pela neblina. A neblina é um fenômeno meteorológico que se forma com a presença de pequenas gotas de água suspensas no ar. A visibilidade reduzida interfere diretamente na navegação segura dos navios.

De acordo com a meteorologista Heloisa Pereira, a baixa visibilidade é considerada quando a visibilidade horizontal fica abaixo de um quilômetro. “A Organização Meteorológica Mundial (OMM) define como nevoeiro quando a visibilidade é reduzida para menos de um quilômetro devido às gotículas de água suspensas no ar”, afirmou a meteorologista.

Aumento do Fenômeno em 2024

Em 2024, foi observado um aumento significativo dos episódios de neblina. O especialista em Climatologia e Agrometeorologia, Rodolfo Bonafim, destacou alguns fatores que contribuíram para esse aumento:

  • Entre julho e agosto, é comum a ocorrência de nevoeiros causados pela temperatura mais baixa da água do mar devido ao inverno.
  • Em 2023, houve menos episódios de neblina por conta da influência do El Niño, um fenômeno climático que aquece as águas do Oceano Pacífico. Sem essa influência em 2024, o mar ficou mais frio, resultando em mais nevoeiros.
  • As mudanças climáticas e os casos de incêndios em todo o Brasil, especialmente no interior de São Paulo, também contribuíram para o aumento dos nevoeiros no litoral paulista. A massa de ar quente entra em contato com a água fria, formando neblina intensa.

Histórico de Paralisações no Porto de Santos

O histórico de paralisações no Porto de Santos mostra um aumento significativo ao longo dos anos. Confira abaixo o tempo de paralisação da entrada e saída de navios nos últimos quatro anos:

  1. 2021: 60 horas
  2. 2022: 132 horas e 55 minutos
  3. 2023: 80 horas
  4. 2024 até o dia 11 de setembro: 195 horas

Em 2024, foram 44 horas e 55 minutos até julho. O recorde foi em agosto, com 116 horas e 35 minutos, um período maior que os 12 meses de 2021 e 2023 combinados. Em setembro, a suspensão das atividades somou 33 horas e 30 minutos, com destaque para domingo (8) e segunda-feira (9), quando a paralisação durou mais de 18 horas.

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