Para Zambelli, Moraes e Cármen Lúcia são suspeitos
Os ministros do STF chamaram de 'burrice" e "desinteligência natural" a fabricação da ordem de prisão contra Moraes, da qual a deputada é acusada
Ré na ação em que é acusada de cometer crimes cibernéticos por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) irá pedir a suspeição dos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ironizaram a parlamentar e o hacker Walter Delgatti Neto durante sessão da Primeira Turma na terça-feira, 21.
Moraes afirmou que a fabricação da ordem de prisão foi uma “burrice”. Já Cármen Lúcia a descreveu como “desinteligência natural”.
À Folha de S.Paulo, Zambelli afirmou que as declarações mostraram que seu julgamento não será justo.
“Não é postura de ministro dizer isso”, disse a deputada.
Para Zambelli, o relatório da Polícia Federal sobre o caso a exime de crime.
“Inclusive prova que o dinheiro citado para Delgatti não tem relação nenhuma comigo. Estão me ligando a esse caso pela delação dele, mas a PF já mostrou que ele é um mentiroso contumaz”, afirmou.
Zambelli vira ré por invasão ao sistema do CNJ
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto viraram réus pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que fabricou um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Primeira Turma do STF aceitou, de forma unânime, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Zambelli e Delgatti.
Moraes foi o relator do caso e foi seguido pelos outros ministros da turma, que são Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.
Dez crimes
A denúncia da PGR é pela prática de dez crimes: sete do artigo 154-A e parágrafo 2 do Código Penal, por invasão de dispositivo informático, e três do artigo 299 do Código Penal, por falsidade ideológica.
Em 4 de janeiro de 2023, Walter Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do CNJ, como um mandado de prisão contra Moraes.
Preso em agosto, Delgatti confessou a invasão, acusando Zambelli de ser a mandante. À PF, o hacker afirmou ter recebido 40 mil reais pelos serviços.
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