Para Gilmar Mendes, tentativa de golpe é crime consumado
"É óbvio que o se pune é a própria tentativa de atentar contra o Estado de Direito”, declarou o decano
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou a ideia de anistiar envolvidos nos atos de 8 de janeiro em declaração nesta quinta-feira,21. Ele também comentou o caso das investigações que cercam o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para ele, quando há uma tentativa de golpe, o caso já configura “crime consumado”.
“Quando se faz o atentado contra o Estado de Direito e ele se consuma, ele [O Estado] já não mais existe”, afirmou Mendes durante um congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde.
E completou: “Então, é óbvio que o se pune é a própria tentativa de atentar contra o Estado de Direito”.
Sobre a defesa de anistia, uma pauta que divide o Congresso Nacional, Gilmar foi categórico: “Não faz sentido se falar em anistia” diante da atual conjuntura.
Tensão entre ministros
Gilmar Mendes afirmou que o clima entre os ministros do STF é de tensão após os últimos acontecimentos. Alarmados com informações sobre planos para matar autoridades por parte de um grupo do Exército, os magistrados reforçaram as medidas de segurança.
A Polícia Civil, por meio de um grupo especial de risco, foi chamada para fazer uma varredura antibombas no Supremo após as explosões causadas por Fransciso Wanderley Luiz, uma medida que antes não era rotineira, mas que agora se tornou necessária após o episódio de violência na capital.
Operação Contragolpe
A Operação Contra Golpe, realizada na terça-feira, 19, resultou na prisão de cinco suspeitos acusados de planejar um golpe de Estado no final de 2022. Entre os alvos do suposto plano estariam Lula, Alckmin e Moraes.
O assunto segue em debate, com especialistas e membros do STF divididos sobre a natureza dos atos. Para alguns ministros, os investigados estariam tentando dar um golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, com o uso de violência ou grave ameaça. Porém, há quem defenda que as ações foram apenas preparatórias, o que impediria qualquer punição criminal.
Nesta quinta-feira, 21, o tenente-coronel Mauro Cid presta depoimento no STF, buscando explicar as “omissões” em sua delação, que, segundo frontes, teriam ligação com as mais recentes revelações feitas pela Poícia Federal.
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Comentários (5)
EUD
21.11.2024 16:26Os Juristas Dizem Que Não Ha Crime Nas Tentativas , Mas Se O stf Entende De Forma Diferente, Então ...........
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
21.11.2024 15:42Ele está se tornando um juiz sob suspeição emitindo parecer e juízo antes do julgamento. Mais uma nulidade do STF.
Marian
21.11.2024 15:27E o crime de corrupção consumado, provado e assumido na Lava Jato?
Andre Luis Dos Santos
21.11.2024 15:23E, pra esse mesmo ser supremo, roubar bilhões dos cofres públicos não e problema pois, meu Deus do céu, um procurador e um juiz trocaram mensagens. Como se advogados garantistas de bancas milionárias (inclusive com socios que sao cônjuges de juizes supremos) não tivessem conversinhas ao pe do ouvido, nada republicanas, com juizes supremos, nao e mesmo? No bananao a regra e a seguinte: pros amigos tudo, pros inimigos a lei. Ou pode ser também "pau que bate em Chico não bate em Francisco".
saul simoes junior
21.11.2024 13:55Peçam para ele citar em que lugar do ordenamento jurídico está essa sua invenção!