No julgamento sobre o acesso de Lula às mensagens roubadas da Lava Jato, Edson Fachin afirmou que o pedido não poderia ser encaminhado a Ricardo Lewandowski, que liberou o material à defesa.

“O Ministério Público usou a palavra burla da relatoria. Não vou repeti-la, porque acho demasiadamente pesada e grave. Mas entendo que a reclamação 33543 não retirou a prevenção deste relator, assim como para as demais ações penais quando instado o STF a decidir”, afirmou.

Ele se referia a uma ação, julgada na Segunda Turma, em que Lewandowski proferiu o voto vencedor, que ganhou adesão da maioria dos ministros, e que ampliou o acesso de Lula ao acordo de leniência da Odebrecht.

Por ter vencido o debate, Lewandowski se tornou o relator desta ação.

A defesa de Lula, no entanto, alegou que não teve acesso à íntegra do acordo na Justiça Federal no Paraná. Por isso, apresentou uma nova ação, para garantir o acesso aos documentos.

Lewandowski liberou as mensagens quando a defesa, dentro desta segunda ação, levada diretamente ao ministro, disse que ainda não havia obtido acesso ao acordo de leniência.