Para entender Wassef na Fecomércio, Lava Jato deve apurar elo de petista Ivan Guimarães com ex-ministro de Collor
A Operação E$quema S descobriu que Frederick Wassef e Ivan Guimarães foram contratados por Orlando Diniz para investigações privadas. Um dos alvos foi Daniele Paraíso, ex-mulher de Orlando e ex-diretora jurídica da Fecomércio, responsável por acompanhar os contratos - agora sob investigação - com grandes bancas de advogados...
A Operação E$quema S descobriu que Frederick Wassef e Ivan Guimarães foram contratados por Orlando Diniz para investigações privadas.
Um dos alvos foi Daniele Paraíso, ex-mulher de Orlando e ex-diretora jurídica da Fecomércio, responsável por acompanhar os contratos – agora sob investigação – com grandes bancas de advogados.
Pouca gente sabe, mas Ivan Guimarães também é muito ligado a Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo Collor e responsável por substituir o SNI pela Abin.
Quem conhece PP diz que ele mantém uma ampla rede de informantes desde então e nunca abandonou “o ofício”. Sua expertise se ajusta à estratégia de retomada da área de inteligência por parte do clã Bolsonaro.
Flagrado pela Lava Jato em operações de entrega de propina a Collor, PP antecedeu o Partido dos Trabalhadores na montagem de um esquema de corrupção na Petrobras e nos fundos de pensão das estatais.
A Polícia Federal identificou relações do ex-ministro com os doleiros Alberto Youssef e Fayed Traboulsi, que foi alvo da Operação Miqueias. E levantou ligações societárias entre as empresas controladas por PP e a concessionária Aeroporto Brasil Viracopos S.A (ABV).
Coincidentemente, no ano passado, a ABV contratou Frederick Wassef para a “prestação de consultorias jurídicas e estratégicas”.
Em nota enviada ao site, a defesa de PP Leoni diz que “sua relação com Alberto Youssef e Fayed Traboulsi já foi submetida à apreciação do Poder Judiciário, sendo relevante relembrar que, em agosto deste ano, Pedro Paulo foi absolvido por unanimidade pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Penal 1019”.
“Quanto às demais afirmações e conclusões feitas pelo site O Antagonista, a defesa destaca que todas as premissas indicadas são totalmente infundadas, sem qualquer embasamento na verdade.”
Nota da redação: O Antagonista mantém as informações publicadas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)