Por PEC dos Precatórios, governo promete até entregar cargos de militares ao Centrão
O Palácio do Planalto prometeu hoje a deputados do Centrão destravar nomeações e até entregar cargos que hoje são ocupados por militares em órgãos como Dnit e Superintendências de Patrimônio da União nos Estados para obter o número de votos...
O Palácio do Planalto prometeu hoje a deputados do Centrão destravar nomeações e até entregar cargos que hoje são ocupados por militares em órgãos como Dnit e Superintendências de Patrimônio da União nos Estados para obter o número de votos necessários para a aprovação da PEC dos Precatórios.
A votação do texto no plenário da Câmara está agendada para hoje.
Essa é mais uma promessa dentro do pacote de chantagens encabeçado por integrantes do governo e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Para passar pela Câmara, o texto precisa de, pelo menos, 308 votos a favor.
Como mostramos ontem, Lira também está oferecendo fatias das emendas secretas (RP-9) para convencer os colegas a comparecer em peso na sessão de hoje e o governo ameaçou não pagar as chamadas emendas de relator em 2022 para os deputados que faltarem.
Segundo informações repassadas aos parlamentares, aproximadamente 2,6 mil cargos comissionados nos Estados são ocupados por integrantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. Mas o Centrão está de olho em pelo menos 200 cargos de coordenações e diretorias-executivas. A promessa estaria sendo feita, principalmente, a parlamentares de MDB, PP, PL e PSC.
Desde o início do ano, deputados que apoiam a base do governo têm reclamado ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e à ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que o governo federal ainda não conseguiu destravar nomeações pelos Estados, apesar de estarem apoiando as votações na Câmara.
“O problema é que o governo promete, mas nem sempre cumpre”, admitiu um parlamentar que está a par das negociações.
Em julho, nós já mostramos a cobrança explícita de alguns deputados do Centrão. O deputado federal Bosco Costa, do PL de Sergipe, por exemplo, enviou um áudio para um assessor de Flávia Arruda cobrando a concretização de uma indicação dele justamente para a superintendência da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), um dos órgãos que entraram em negociação hoje.
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