Mirando votos de Marçal, Bolsonaro lembra que indicou vice de Nunes
O eleitor bolsonarista resiste ao voto no prefeito Ricardo Nunes por sua filiação ao MDB e as relações políticas com a esquerda
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro passou a apelar que eleitores de São Paulo levem em consideração, na hora do voto, o nome do coronel Mello Araújo, que é vice na chapa do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A fala do ex-presidente circula nas redes sociais e é direcionada a eleitores que podem estar divididos entre apoiar o ex-coach Pablo Marçal e seguir a orientação de Bolsonaro pelo voto em Nunes.
A resistência dos eleitores bolsonaristas sobre o nome de Ricardo Nunes se dá por sua filiação ao MDB e a relação política com nomes e partidos de esquerda. A petista Marta Suplicy, vice na chapa do candidato Guilherme Boulos (PSOL) foi secretária de Relações Internacionais na gestão Nunes.
“Eu apelo a vocês votem, não com o coração, ou com a emoção, mas com a razão. Quem está mais preparado par governar São Paulo? O meu testemunho: o vice do Ricardo Nunes foi indicado por mim, coronel Melo Araújo, que esteve a frente da respeitadíssima Rota de São Paulo”, afirmou Bolsonaro.
E completou: “deixo claro, se eu fosse eleitor de São Paulo, votaria na reeleição de Ricardo Nunes. Por ele, e pelo vice, Mello Araújo”.
Cadeirada
O ex-presidente ainda reforçou a ideia de que não é possível comparar o episódio da cadeirada do candidato José Luís Datena contra o empresário. “Mais uma vez: não dá para comparar o tiro no Trump, a facada em mim, com a cadeirada que ele [Marçal] levou em São Paulo”.
Desvincular a imagem de Marçal do bolsonarismo em virtude do episódio da cadeirada foi prioridade para Bolsonaro, nesta sexta-feira,20. Além do vídeo que circula as redes sociais, o ex-presidente se posicionou durante entrevista à rádio Auriverde Brasil e afirmou que entre o episódio da facada sofrida por ele e a agressão sofrida pelo empresário “há uma grande distância”.
Bolsonaro disse que a postura de Marçal teria o único objetivo de “aproveitar esse momento [a cadeirada] para ganhar simpatia do povo em troca de votos”.
“Ímpeto de um velhinho“
O líder de direita ainda ironizou a postura do candidato: “Eu já vi vídeo dele ensinando a fugir de um tigre na selva, mas não conseguiu segurar o ímpeto de um velhinho com uma cadeira na mão?”.
O presidente de honra do PL sugeriu ainda que Marçal teria provocado Datena, usando palavras “violentas” que feriram a “honra” do jornalista. “É um ato que eu condeno”, reforçou.
E finalizou: “A cadeirada que ele levou, se foi justa ou não, cada um que julgue. Eu não acho que foi justa, mas como ser humano, eu entendi o Datena fazer aquilo. Não tinha mais alternativa”. Para Bolsonaro, a reação de Datena, embora “covarde”, teve motivação passional. “Não podemos brincar com esse sentimento”, concluiu.
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