Paes se desentendeu com Eduardo Cunha?
De olho nas eleições, o prefeito do Rio rompeu com o Republicanos e afastou aliados do ex-presidente da Câmara de sua gestão
De olho nas eleições municipais no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) rompeu com o Republicanos e exonerou Marcus Vinicius Medina Costa, aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, da Secretaria da Habitação da capital fluminense.
Para a pasta, o pré-candidato à reeleição nomeou Gustavo Freue, chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Vereadores do Rio, Carlo Caiado (PSD).
Além de Marcus Vinicius, Paes também afastou os presidentes da Rioluz, Raoni César Ras, e do IplanRio, Michell Yamasaki Verdejo, todos ligados ao Republicanos e indicados após articulação de Cunha.
A relação Paes-Republicanos
Em 2023, Paes consolidou a aliança com o Republicanos ao nomear deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, para a Secretaria de Ação Comunitária do Rio.
Brazão, que planejava migrar do União Brasil para o Republicanos na janela partidária, deixou a gestão de Paes antes de ser preso, estremecendo a relação entre o prefeito e a legenda.
A gota d’água
Segundo O Globo, o prefeito do Rio de Janeiro rompeu com o Republicanos após a ONG Contato, citada nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco por receber emendas parlamentares do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), vencer uma licitação da secretaria de ação social.
A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta, 23, a abertura de um inquérito para investigar “indícios veementes da suposta destinação de verbas oriundas de emendas parlamentares” destinadas a ONGs do Rio de Janeiro.
Diante do contexto, Paes preferiu cancelar a licitação e romper com a legenda.
O que diz o Republicanos?
Em nota, o Republicanos afirmou ao jornal que o prefeito não cumpriu os acordos firmados com o partido.
“Quando aceitamos firmar a aliança, foram cumpridos, onde filiações de candidatos na legenda não foram feitas, nomeações saindo em conta gotas, a maioria travadas, obras prometidas e não iniciadas, sem a menor garantia de sua real execução, além do impacto no resultado da nossa chapa de vereadores, desses compromissos assumidos, mas não realizados a contento.”
A relação de confiança foi quebrada “pelas insinuações divulgadas acerca dessa suposta contratação, onde frisa-se, que os reais vencedores dessa licitação, já prestam serviços a prefeitura em outras secretarias, além de também prestarem serviços em emendas parlamentares de deputados aliados do prefeito, sem qualquer indício de nenhuma irregularidade”, continuou.
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