Padre Júlio Lancellotti escolhe petista para defesa
O ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) defenderá o padre Júlio Lancellotti (foto), caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das...
O ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) defenderá o padre Júlio Lancellotti (foto), caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs seja instalada na Câmara Municipal de São Paulo. A proposta foi apresentada pelo vereador Rubinho Nunes (União).
O advogado foi deputado de 2003 até 2007. Também foi vice-prefeito de São Paulo na gestão de Luiza Erundina e é um dos fundadores do PT.
Ele disse à Folha que Júlio Lancellotti está tranquilo com a proposta de CPI. Afirmou ainda que serão tomadas medidas jurídicas caso Rubinho Nunes ultrapasse os limites, com calúnia, difamação ou ofensa à honra.
“É um vereador que ninguém sabe quais projetos fez. É ano eleitoral, as nulidades precisam subir nas costas de pessoas reconhecidas, criar casos, estabelecer fatos políticos para ver se saem do anonimato”, afirmou o advogado petista ao jornal paulistano.
Em entrevista a Felipe Moura Brasil no Papo Antagonista, o vereador Rubinho Nunes criticou na sexta-feira, 5, o comportamento do pároco ao falar sobre a possibilidade de abertura da CPI das ONGs.
Para Rubinho, Lancellotti está fazendo uma “campanha de vitimismo” para “blindar” organizações que atuam na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo. Se a comissão for instalada, a conduta do padre deverá ser investigada.
O parlamentar busca um acordo para que a investigação seja iniciada no retorno do recesso legislativo. Duas entidades deverão ser os principais alvos da CPI: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos na região central da cidade, assim como o padre Júlio Lancellotti.
O pedido de abertura da CPI foi protocolado por Nunes em dezembro, com o apoio de 24 vereadores. Em fevereiro, houve sinalização positiva por parte da cúpula da Câmara para a instalação da CPI. No entanto, devido à forte repercussão contrária, alguns vereadores têm retirado seu apoio.
Ainda é necessário que a CPI seja apreciada no colégio de líderes e em plenário para que seja instalada.
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