O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que “civilidade e respeito” marcaram sua convivência com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), durante a legislatura vigente. “Agradeço pela civilidade e respeito com que ele me tratou ao longo desses anos”, afirmou. A fala é uma referência ao período de liderança exercida por ambos a frente das Casas legislativas.

Em entrevista concedida aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF) no podcast PODK Liberados, transmitido pela RedeTV e pelo YouTube na noite do último domingo,24, Pacheco reconheceu que, embora existissem diferenças políticas, elas sempre ocorreram de forma cordial. “Buscamos sempre nos respeitar. Tivemos divergências políticas, que foram noticiadas, mas sempre respeitosas”, declarou.

Pacheco também refletiu sobre os principais desafios enfrentados em sua gestão, mencionando a pandemia de covid-19 e o 8 de janeiro.

Segundo Pacheco, o enfrentamento desses episódios não se limita àquela data específica, mas engloba uma série de ataques direcionados às instituições, às urnas eletrônicas e às minorias.

Outra menção feita pelo presidente do Senado foi a respeito da Operação Contragolpe em andamento na Polícia Federal e os supostos planos de golpe de Estado e tentativas de assassinato contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

“Isso está sendo combatido à luz desses crimes graves de violação da democracia”, concluiu.

Rigor da Lei

A primeira manifestação de Pacheco sobre a operação Contragolpe pediu o “rigor da Lei” sobre os envolvidos.

Segundo ele, “não há espaço no Brasil para “ações que atentam contra o regime democrático e, menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem seja. Que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei”.

Para ele, as investigações revelam “clara ação com viés ideológico”.

“Extremamente preocupantes as suspeitas que pesam sobre militares e um policial federal, alvos de operação da Polícia Federal, na manhã desta terça-feira. O grupo, segundo as investigações, tramava contra a democracia, em uma clara ação com viés ideológico”, afirmou.