Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula
Em tom de despedida, presidente do Senado também negou pretensões de disputar novas eleições
No seu último discurso antes do recesso parlamentar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD; foto), fez um balanço de seus quatro anos à frente da Casa.
Em tom de despedida, ele negou pretensões de integrar o governo Lula ou disputar novas eleições.
“Essa definição não existe. Tenho que concluir meu mandato como presidente do Senado e realizar a eleição da nova mesa. Por enquanto, a ideia é continuar no meu gabinete, servir Minas Gerais e o povo brasileiro”, afirmou Pacheco.
Nos bastidores, o nome de Pacheco vinha sendo ventilado para compor um ministério. Também havia a especulação da indicação de seu nome para o Supremo Tribunal Federal. Apesar disso, o senador reiterou não ter planos imediatos de seguir nessa direção
“No momento, minha tendência é encerrar minha vida pública em 2027. Não trabalho com a possibilidade de ocupar vagas em tribunais ou disputar novas eleições. Há convites que são irrecusáveis, mas não há campanha para isso”, disse em novembro.
Com o encerramento de seu mandato no Senado, o futuro político de Rodrigo Pacheco segue em aberto, enquanto ele reforça o desejo de focar em sua atuação como senador e advogado.
Corte de gastos
Pacheco, como mostramos, destacou em seu último discurso à frente da Casa de Leis, que a aprovação do pacote de corte de gastos deve ser “o ponto de partida para um trabalho de qualificação do gasto público, que pode ser capitaneado pelo Congresso Nacional”.
Segundo o senador, a aprovação, junto com a reforma tributária, simboliza “o início de uma jornada de responsabilidade fiscal”.
A declaração foi feita após o Congresso Nacional modificar o pacote de cortes proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
As alterações beneficiaram setores com forte influência política e econômica. Foram mantidos os supersalários de membros do Judiciário e do Ministério Público, concedidos alívios fiscais a empresários e preservadas as emendas parlamentares.
A votação na Câmara, inclusive, atrasou por causa das negociações em torno do lobby e da insuficiência de votos. No fim, o governo federal liberou recursos para garantir apoio: deputados que votaram a favor receberam R$ 5 milhões, enquanto senadores aliados ganharam R$ 12 milhões.
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