Pablo Marçal atingiu o ‘teto’?
Campanhas acreditam que o ex-coach vai depender de um fato novo, com superexposição na televisão, para conseguir avançar nas próximas pesquisas
As principais campanhas na disputa pela prefeitura de São Paulo acreditam que o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB, à direita na foto) pode ter atingido o teto nas principais sondagens de intenção de voto divulgadas até o momento.
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Como registramos, pesquisa do instituto AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira, 21, revela que o Pablo Marçal cresceu cinco pontos percentuais na corrida pela Prefeitura de São Paulo em comparação com o levantamento anterior, realizado antes dos debates da TV Band e do promovido pelo Estadão.
Segundo a sondagem, Marçal saiu de 11% para 16,3%. Guilherme Boulos (PSOL) aparece na liderança, com 28,5%, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teria – segundo o AtlasIntel – 21,8%.
Na visão das principais campanhas, conforme apurou O Antagonista, os dados divulgados nesta quarta-feira apenas refletiriam um cenário já apontado por outros institutos como DataFolha e Paraná Pesquisas.
Pelo DataFolha, por exemplo, Marçal tinha 14% das intenções de voto no levantamento divulgado no início de agosto. Mas a última pesquisa não conseguiu medir o impacto do influenciador digital nas campanhas, o que pode trazer um pequeno crescimento – segundo as próprias campanhas.
O que dizem as campanhas sobre Pablo Marçal?
O tracking interno das campanhas apontam que Marçal teria um teto entre 14% e 18% neste momento. O que, na visão dos marqueteiros das campanhas de Nunes, Boulos e Datena, é uma boa notícia.
Na visão das campanhas, como Pablo Marçal não terá tempo de TV em virtude da lei eleitoral, o influenciador digital teria poucas alternativas para continuar avançando em direção a públicos que pouco usam internet – mais precisamente os mais humildes.
Nas palavras de um dos integrantes das campanhas, Marçal dependeria de uma mídia espontânea tão intensa quanto a destinada a Jair Bolsonaro após ele ter sido atingido por uma facada no pleito de 2018.
Outro argumento das campanhas, conforme apurou O Antagonista, é que passado o impacto inicial dos debates, cada vez mais Marçal falará para a sua “bolha”. Na campanha de Nunes, por exemplo, também já há a visão de Marçal não teria mais condições de ‘roubar’ votos entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), principalmente após o ex-presidente gravar um vídeo declarando apoio publico ao atual prefeito paulistano.
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