Os repasses do assessor
A Polícia Federal encontrou no material apreendido com o irmão de José Dirceu duas notas fiscais de R$ 50 mil emitidas em novembro e dezembro de 2013 pela empresa Doppio Serviços de Informação...
A Polícia Federal encontrou no material apreendido com o irmão de José Dirceu duas notas fiscais de R$ 50 mil emitidas em novembro e dezembro de 2013 pela empresa Doppio Serviços de Informação. A empresa pertence ao jornalista Luiz Fernando Rila.
Questionado pela PF, Luiz Eduardo de Oliveira disse que a condenação de José Dirceu no processo do mensalão provocou a rescisão de “bons contratos” da JD Consultoria, inclusive com a OAS. Ele então pediu à empreiteira para firmar um novo contrato com a Doppio, a fim de que esta “repassasse quantias a Dirceu”.
O Antagonista procurou Rila, que rejeitou a versão do irmão do ex-ministro. “Nunca fiz repasses a José Dirceu”, diz. Quanto à emissão das NFs em nome da OAS, ele preferiu não comentar. “Não quero avançar agora”.
A Doppio, segundo registro da Junta Comercial, foi aberta em julho de 2012. O julgamento do mensalão começou um mês depois. Como registrado na imprensa à época, Rila licenciou-se da FSB e passou a trabalhar exclusivamente para Dirceu. Ele fazia parte da equipe de assessores e advogados que o ex-ministro contratou para se defender. A PF suspeita agora que a OAS bancou as despesas desse time.
Antes de virar assessor, Rila trabalhou em redações. Seu último cargo foi como editor-executivo do jornal O Estado de São Paulo.
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