Recentemente, caso de mortes decorrentes de intervenções estéticas mal executadas têm reacendido o debate sobre a segurança desses procedimentos. Duas fatalidades envolvendo substâncias como PMMA e fenol, que devem ser usadas com extremo cuidado, vieram à tona, levantando preocupações relevantes quanto aos riscos associados.

No princípio de junho deste ano, Henrique Silva Chagas, um jovem empresário, não resistiu às complicações de um peeling de fenol realizado na face. Na sequência, Aline Maria Ferreira, influenciadora digital, perdeu a vida devido à aplicação de PMMA nos glúteos, uma substância que prometia resultados estéticos aprimorados a baixo custo.

Qual é o risco do PMMA em procedimentos estéticos?

Apesar do apelo de custo baixo e resultado imediato, o PMMA, um tipo de plástico, apresenta sérios riscos quando usado em procedimentos estéticos. Não sendo absorvível pelo corpo, pode causar inflamações crônicas, bloqueios de circulação e até insuficiência renal a longo prazo, conforme explicado por Matheus Manica, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Respondendo às Complicações

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e outras associações médicas já vinham alertando sobre as complicações graves do uso de PMMA, que incluem necrose, embolia e até cegueira. Após registrar casos fatais como o de Aline, que enfrentou um quadro de coma e duas paradas cardíacas antes de falecer, a preocupação se intensifica.

É possível evitar esses riscos?

Os especialistas insistem que a solução mais segura seria evitar totalmente o uso desse material em intervenções estéticas e optar por alternativas como o ácido hialurônico ou mesmo a gordura do próprio paciente, que são opções menos perigosas. Após os recentes incidentes, a Anvisa e outras entidades já consideram revisões nas regulamentações para esses procedimentos.

• PMMA está associado a riscos altos de complicações.

• Alternativas mais seguras estão disponíveis e são recomendadas por profissionais.

• Regulamentações podem se tornar mais rígidas após esses casos.

Portanto, é essencial que os pacientes busquem profissionais qualificados e se informem minuciosamente sobre os riscos dos materiais usados em procedimentos estéticos. Investigações e regulamentações mais severas podem ser essenciais para prevenir novos casos trágicos.

É primordial que as entidades responsáveis atuem rapidamente, não apenas regulando com firmeza, mas também promovendo uma conscientização pública robusta sobre os perigos desses procedimentos estéticos mal realizados.