Os nomes nas disputas pelo comando do Congresso
As eleições internas na Câmara e no Senado serão em fevereiro do ano que vem. Na semana passada, O Antagonista mostrou aqui como estavam as disputas nas duas Casas legislativas. A decisão do STF de impedir, obviamente, a possibilidade de reeleição de Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia mudou, pelo menos até aqui, muito pouco o cenário na Câmara. No Senado, o jogo ficou completamente embaralhado...
As eleições internas na Câmara e no Senado serão em fevereiro do ano que vem. Na semana passada, O Antagonista mostrou aqui como estavam as disputas nas duas Casas legislativas.
A decisão do STF de impedir, obviamente, a possibilidade de reeleição de Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia mudou, pelo menos até aqui, muito pouco o cenário na Câmara. No Senado, o jogo ficou completamente embaralhado.
A esta altura das negociações, poucos candidatos se assumem, mas muitos nomes são ventilados e jogados na imprensa. É a hora em que o jogo político em Brasília testa possíveis estratégias, visando barganhar apoios e formação de alianças um pouco mais à frente.
Mas, vamos aos nomes, todos os nomes que foram pelo menos citados até aqui.
ELEIÇÃO NO SENADO
No MDB, o líder do bancada, Eduardo Braga, do Amazonas, é candidato e vai brigar pela vaga do partido, que já avisou que não vai abrir mão de indicar um nome. Os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, de Pernambuco, e no Congresso, Eduardo Gomes, do Tocantins, também são opções, mas podem ter dificuldade pela relação estreita com o Planalto. Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vai correr por fora, tentando angariar apoios fora da legenda, para, em seguida, brigar internamente. O PT flerta com uma candidatura do MDB.
No PSD, segunda maior bancada, há nomes ventilados como o do líder da bancada, Otto Alencar, da Bahia, e o de Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul, que preside a Comissão de Relações Exteriores. Mas o mais forte é o de Antonio Anastasia, de Minas Gerais, atual primeiro-vice-presidente do Senado, que poderá ser lançado para peitar os caciques emedebistas.
No PSDB, senadores lançaram informalmente a candidatura de Tasso Jereissati, que ficará à espreita, aguardando as movimentações. No PP, o nome de Esperidião Amin, de Santa Catarina, foi lembrado mais uma vez.
No “Muda, Senado”, que vai começar a discutir a sucessão de Davi Alcolumbre nesta semana, Jorge Kajuru, do Cidadania de Goiás, e Major Olimpio, do PSL de São Paulo, se anteciparam como pré-candidatos. A candidatura oficial do grupo, porém, pode acabar sendo outra: estariam no páreo Alvaro Dias, do Paraná, líder do Podemos; Lasier Martins, do Rio Grande do Sul, atual segundo-vice-presidente do Senado; e Alessandro Vieira, de Sergipe, autor dos pedidos engavetados da CPI da Lava Toga.
Em uma suposta lista de possíveis apoiados por Alcolumbre, estariam também nomes de vários partidos, como Lucas Barreto (PSD), do Amapá, e muito amigo do atual presidente; Rodrigo Pacheco (DEM), de Minas Gerais, líder da bancada; Marcos Rogério (DEM), de Rondônia, recém-empossado vice-líder do governo Bolsonaro no Congresso; e Daniella Ribeiro (PP), da Paraíba, irmã do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) e que atualmente está licenciada do cargo.
ELEIÇÃO NA CÂMARA
A candidatura de Arthur Lira (PP), de Alagoas, expoente do Centrão, está consolidada, com o apoio de Jair Bolsonaro e do Palácio do Planalto. Ele faz contas e acredita ter os apoios garantidos do seu partido, do PL, do PSD e do Solidariedade, todos partidos da base do governo Bolsonaro. Anda negociando com outros partidos menores e com a esquerda, que poderá definir a eleição.
No grupo de Rodrigo Maia, há cinco nomes ainda colocados. Marcos Pereira, de São Paulo, presidente nacional do Republicanos e atual primeiro-vice-presidente da Câmara, admitiu sua candidatura. Ele espera o apoio de Maia, mas pode fazer voo solo. Luciano Bivar, de Pernambuco, presidente nacional do PSL, também assumiu que é “candidatíssimo” e diz ter com ele PTB e Pros.
Aguinaldo Ribeiro (PP), da Paraíba, tem dificuldade, pois é do mesmo partido de Arthur Lira, mas ainda é citado como opção por Rodrigo Maia.
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, de São Paulo, aposta alto que será o candidato do grupo de Maia. Tenta diminuir resistências nos partidos de esquerda, por ser ligado a Michel Temer e, portanto, estar associado ao impeachment de Dilma Rousseff.
No DEM de Maia, o nome mais forte é o de Elmar Nascimento, da Bahia, que corre bem por fora e pode surpreender — ele está se recuperando da Covid-19. O deputado Fernando Bezerra Filho, de Pernambuco, filho do senador Fernando Bezerra Coelho, também é citado.
Marcelo Ramos (PL), do Amazonas, que chegou a se colocar como pré-candidato no grupo de Maia, pulou fora e deve apoiar Arthur Lira.
Há ainda algumas outras candidaturas soltas que surgiram ou ainda podem surgir, como a do Capitão Augusto (PL), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública. Partidos de esquerda e o Novo também poderão optar por candidaturas próprias.
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