Os gastos de R$ 260 milhões da Fecomércio com publicidade
Além do desvio de mais de R$ 150 milhões do Sistema S do Rio de Janeiro, os procuradores da Lava Jato no estado investigam ainda os gastos de R$ 260 milhões da Fecomércio-RJ com publicidade, utilizando dinheiro do Sesc e do Senac, diz a Crusoé. Em seu acordo de delação premiada, Orlando Diniz...
Além do desvio de mais de R$ 150 milhões do Sistema S do Rio de Janeiro, os procuradores da Lava Jato no estado investigam ainda os gastos de R$ 260 milhões da Fecomércio-RJ com publicidade, utilizando dinheiro do Sesc e do Senac, diz a Crusoé.
Em seu acordo de delação premiada, Orlando Diniz, ex-presidente da entidade, disse que três contratos foram feitos sem licitação com a empresa PI Publicidade e Marketing, entre 2015 e 2017.
Para a Lava Jato, parte desses recursos foi desviada para o próprio Diniz e para o empresário Marcelo Cazzo, dono da empresa.
As suspeitas constam da denúncia apresentada pela força-tarefa nesta sexta-feira.
Leia aqui a íntegra da reportagem de Fabio Leite.
Após a publicação da reportagem, a PI Publicidade e Marketing enviou a seguinte nota:
“Sobre a reportagem que trata dos serviços de planejamento de mídia que favoreceram o Senac e o Sesc, a PI esclarece que a sua remuneração, em razão da legislação aplicável ao segmento, é definida e arcada exclusivamente pelos veículos de comunicação, não pelos anunciantes.
Os valores mencionados na reportagem, portanto, tiveram como destinatários finais os maiores veículos de comunicação do país, que licitamente comercializaram espaços de mídia para a divulgação de projetos institucionais do Sistema S. A PI foi renumerada por esses veículos de comunicação, de acordo com as regras do mercado e em percentuais estabelecidos de acordo com a legislação em vigor no país.
A contratação e atuação da PI foram objeto de rigoroso processo de prestação de contas (fiscalização), que durou quase dois anos e foi conduzido por várias equipes da nova gestão das entidades do Sistema S.
Ao final do processo, ficou documentalmente comprovado que todos os serviços foram prestados, sem qualquer prejuízo para o Senac e para o Sesc.
A documentação que comprova a plena regularidade de tais serviços foi enviada às autoridades competentes e a PI está – e sempre esteve – à disposição de todas elas para prestar esclarecimentos.
A empresa foi ainda auditada por uma das maiores empresas globais de auditoria, que atestou a regularidade plena de suas atividades e da sua contabilidade.
A PI tem convicção de que a Justiça reconhecerá que ela sempre cumpriu suas obrigações legais e contratuais.”
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