Os candidatos do 8 de janeiro
Pelo menos 48 dos 1.406 presos pela invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, concorrerão a um cargo em outubro
Pelo menos 48 dos 1.406 presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas por vândalos, serão candidatos nas eleições municipais de 2024, registrou a Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, são dois candidatos a prefeito, um a vice-prefeito e 45 a vereador em 44 cidades. Ao se registrarem na Justiça Eleitoral, 14 colocaram o termo “patriota” em seu nome de urna.
David Michel, candidato a vereador pelo PL em Paranaguá (PR) foi além e decidiu se apresentar como “David Michel Patriota Preso”.
São Paulo é o estado que terá mais candidatos entre os presos do 8 de janeiro, com nove candidaturas, seguido por Paraná, com seis, Bahia e Minas Gerais, com cinco.
Ao todo, seis serão candidatos em capitais.
Partidos
O levantamento mostrou que 16 dos 48 candidatos sairão pelo PL de Jair Bolsonaro.
Os demais estão espalhados por 11 partidos, entre os quais estão União Brasil, MDB, PP e Republicanos, legendas que integram a base do governo Lula no Congresso.
São eles: Republicanos, Podemos, MDB e DC, com quatro candidatos cada; União Brasil, PP, e Novo, com três; Mobiliza, PMB, e PRTB, com dois; Cidadania, com apenas um candidato.
Medidas restritivas para candidatos
Como não foram julgados nem condenados pelo STF, os candidatos do 8 de janeiro não têm restrições para disputar as eleições em outubro.
Eles, no entanto, precisam cumprir medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e recolhimento domiciliar noturno.
Os candidatos que participaram da invasão das sedes dos Três Poderes só perderão os direitos políticos após trânsito em julgado, ou seja, quando a sentença sobre eles for definitiva e não houver mais direito a recurso.
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