A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em parecer apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a formalização do convite para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a cerimônia trata-se do “fortalecimento das relações entre os países, mediante o diálogo entre líderes globais“:

“A posse do presidente eleito Donald J. Trump consiste em evento de notória magnitude política e simbólica e o convite para comparecer à sua cerimônia encontra-se carregado de significados e implica em diversos aspectos importantes, tais como o reforço de laços e no fortalecimento das relações bilaterais entre os países mediante o diálogo entre líderes globais“, diz trecho.

Segundo os advogados, Bolsonaro cumprirá as medidas cautelares impostas por Moraes e solicitou a devolução do passaporte para o ex-presidente viajar aos Estados Unidos pelo período de cinco dias:

“para, no período entre 17/01/2025 e 22/01/2025, realizar viagem aos Estados Unidos da América, com a finalidade de participar dos eventos que envolvam a posse do presidente Donald J. Trump.”

A defesa de Bolsonaro alega que o e-mail encaminhado pelo comitê inaugural de Trump, sob o domínio “t47inaugural.com“, trata-se da formalização do convite:

“Evidenciado que o Comitê Trump Vance Inaugural Committee, Inc. foi eleito pelo Sr. Donald J. Trump como responsável pela organização da próxima posse presidencial dos EUA e escolheu o domínio ‘t47inaugural.com’, conclui-se que o e-mail [email protected] é o correio eletrônico oficial e o meio de comunicação formal utilizado pela referida equipe cerimonial. A autenticidade do e-mail é confirmada pela correspondência do domínio ‘t47inaugural.com’ existente tanto no endereço eletrônico quanto no website. A expressão ‘T47’ refere-se ao ‘Mandato 47’ daquele país“, diz trecho.

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Plano B

Caso seja impedido de ir à posse, Bolsonaro pode ser representado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), segundo revelou o jornal O Globo.

Aliados do ex-presidente entendem que Michelle seria o “Plano B”, pois o convite ainda seria válido para um acompanhante que, no caso, seria a ex-primeira-dama.

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