Os anjos caídos de 2018
“Não elegeremos anjos em 2018”, diz Fernando Gabeira. Se deixarmos de eleger um quadrilheiro condenado, já é alguma coisa...
“Não elegeremos anjos em 2018”, diz Fernando Gabeira.
Se deixarmos de eleger um quadrilheiro condenado, já é alguma coisa.
Leia um trecho de sua coluna:
“Não elegeremos anjos em 2018. Nunca o faremos, creio eu.
A fronteira do pessimismo não nos deve desesperar. Há algumas instituições funcionando, há grupos trabalhando na busca da transparência, há a possibilidade real de que todos os que querem mudança encontrem pontos de contato, um denominador comum.
Como o poeta que fabrica um elefante de seus poucos recursos, a sociedade brasileira terá de construir seu sistema de defesa. Alguns móveis velhos, algodão, cola, a busca de amigos num mundo enfastiado que duvida de tudo – o elefante de Drummond é inspirador.
Quem sabe, como em Portugal, conseguiremos construir nossa própria geringonça? Prefiro essa visão modesta e realista a esperar dom Sebastião. Curado de sua megalomania, talvez o Brasil aceite, finalmente, tornar-se um grande Portugal.”
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