A origem da delação da JBS
Um dos dez pontos obscuros do acordo da JBS com a PGR listados pela Folha é a falta de convergência sobre quando ocorreu o primeiro contato entre as partes para tratar da possibilidade de uma delação. "O procurador-geral, Rodrigo Janot, menciona...
Um dos dez pontos obscuros do acordo da JBS com a PGR listados pela Folha é a falta de convergência sobre quando ocorreu o primeiro contato entre as partes para tratar da possibilidade de uma delação.
“O procurador-geral, Rodrigo Janot, menciona 27 de março como início das conversas, ao passo que os delatores citam 20 de fevereiro e 2 de março.
A lei de acesso à informação, que poderia dar mais transparência ao assunto, tem sido ignorada. A Folha solicitou no dia 3 de julho o registro de entrada dos delatores e de Miller no prédio da PGR em Brasília, entre março e abril, mas não houve resposta.
A Procuradoria não esclarece porque um dos delatores, Francisco de Assis e Silva, executivo e advogado da empresa, visitou a sede do Ministério Público Federal em Brasília em 4 de março, três dias antes de o presidente Michel Temer ser gravado no Palácio do Jaburu por Joesley Batista, sócio e delator da JBS.”
A PGR respondeu à reportagem, admitindo ter tido contato com representantes do grupo J&F antes de 27 de março:
“Antes disso, a advogada do grupo veio à PGR para tratar de outros clientes seus e, nessas ocasiões, sinalizava a intenção de trazer um novo cliente. Em uma dessas ocasiões, veio com o advogado do grupo [aparentemente, Francisco de Assis e Silva, em 4 de março], mas eles não trazem qualquer elemento capaz de dar início às negociações. Não se fala nada sobre formas de coletar provas.”
A PGR também alega, segundo o jornal, que os registros de acessos dos colaboradores ao prédio do órgão são sigilosos, como manda lei.
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