Oposição entra com pedido de prisão de Gonçalves Dias
A oposição encaminhou uma ação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)...
A oposição encaminhou uma ação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias (foto).
O deputado Cabo Gilberto (PL-PB) anunciou pedido durante depoimento de G. Dias à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira (31). Gilberto não integra a comissão, mas pôde discursar após a maioria dos membros do colegiado.
“A oposição, com base no artigo 129 da Constituição Federal, através da PGR, entra com o pedido de prisão do senhor ex-ministro (do Gabinete de Segurança Institucional) general Gonçalves Dias”, disse o deputado.
Cabo Gilberto citou, como motivos para a prisão, “omissão imprópria, prevaricação, ação de ofício em interesse pessoal e obstrução de justiça quando falsificou de forma dolosa relatório enviado para essa casa”.
Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto vazadas em abril mostram que o então ministro esteve no Palácio do Planalto durante a invasão no dia 8 de janeiro. G. Dias pediu exoneração do seu cargo no mesmo dia da revelação.
Ele acessou a antessala da Presidência da República às 16h29, no auge da invasão. Pouco depois, ele parece se encontrar com manifestantes e os convence a ir embora. As imagens sugerem que G. Dias não atuou para deter os manifestantes.
As cenas mostram ainda membros do GSI, responsáveis pela segurança dos equipamentos públicos, acompanhando a destruição de itens históricos e até um capitão do Exército, que integrava a Segurança Institucional, sendo conivente com os invasores, oferecendo água a alguns deles.
Em seu depoimento à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta, G. Dias afirmou que “seria mais duro na repressão” aos insurgentes.
“Tendo conhecimento agora da sequência de fatos que nos levaram até aquelas agressões de vândalos, e também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano Escudo, seria mais duro do que fui na repressão”, disse.
“Faria diferente, embora tenha plena certa de que envidei todos os esforços e ações que estavam ao meu alcance, para mitigar danos e o mais importante: preservar as vidas de cidadãs e cidadãos brasileiros, sem derramar uma gota de sangue e sem nenhuma morte”, acrescentou.
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