Oposição diz que Lula envergonhou o Brasil na ONU
Deputados fizeram análise sobre mea culpa do presidente em relação aos eventos climáticos que assolam o Brasil
Deputados de oposição avaliam que o presidente Lula expôs o Brasil a “uma situação constrangedora” ao discursar sobre as catástrofes climáticas que assolaram o país durante a Assembleia Geral da ONU. “Lula envergonhou o Brasil perante o mundo ao confessar sua ineficiência no combate às enchentes no Sul e aos incêndios que assolam o país inteiro”, afirmou a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP).
E acrescentou: “Ele tenta se eximir de culpa, mas os fatos mostram que sua gestão além de desastrosa, não preserva a imagem do País, nem a segurança do nosso território e não tem como prioridade a proteção do povo brasileiro”.
Ao discursar na ONU Lula admitiu que seu governo “precisa fazer muito mais” diante da atual crise climática no Brasil. “No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza responsabilidades e nem abdica de sua soberania”, disse o petista.
O deputado gaúcho Sanderson (PL-RS) também condenou a fala do presidente. Para ele, o Brasil está carente de liderança. “O Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história e o presidente Lula, ao invés de agir com firmeza, utiliza a ONU para confessar seu fracasso. Isso é inaceitável. Ele não tem a postura de um líder que o Brasil tanto precisa, e suas falhas estão custando caro para os brasileiros”.
Para o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) apesar do governo alegar que não terceiriza responsabilidades, “o governo petista passou anos culpando a gestão anterior por desastres ambientais, e agora, quando é sua responsabilidade, ele admite que não fez o necessário. A hipocrisia é marca registrada do governo Lula”
Já o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) refletiu que embora o presidente tenha “um histórico de culpar terceiros por seus próprios erros, agora, exposto diante do mundo, não pôde fugir da verdade. As enchentes e os incêndios são provas da inação de seu governo, e admitir isso em um palco internacional apenas demonstra sua falta de preparo para enfrentar crises”.
Lula também foi alvo das críticas do deputado Sargento Gonçalves (PL-RN). Para o parlamentar, o presidente “não só fracassa em sua gestão, como envergonha o Brasil ao fazer isso em uma assembleia global. Admitir que não fez o suficiente é assinar um atestado de incompetência, e o povo brasileiro não merece mais um governo que falha em proteger o país”.
Peripécias de Lula na ONU
Como mostrou o colunista Duda Teixeira, o presidente Lula ‘carregou nas tintas’ ideológicas em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça, 24.
O petista ignorou a crise na Venezuela, defendeu a ilha comunista de Cuba e atacou Israel.
Também atacou a iniciativa privada e disse que o caminho está na regulação da economia.
Nada de Venezuela
Ao tomar posse em 2023, Lula retomou as relações diplomáticas com a Venezuela, do ditador Nicolás Maduro. No final de julho, Maduro comandou uma fraude eleitoral, que foi exposta pela oposição. Sobre esse país, que já enviou 125 mil pessoas ao Brasil, Lula não dedicou uma única frase na ONU.
Sua atenção está principalmente no Oriente Médio.
Lula começou seu discurso se dirigindo à delegação palestina, que participou pela primeira vez da Assembleia, como membro-observador. Também saudou a presença do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O presidente falou de “uma das maiores crises humanitárias da história recente” na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, e que “agora se expande perigosamente para o Líbano“.
Sem citar Israel, afirmou que “o que começou como uma ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses tornou-se uma punição coletiva de todo o povo palestino”.
“O direito de defesa transformou-se num direito de vingança”, disse Lula.
O presidente também defendeu a ilha comunista de Cuba, ao dizer que é “injustificável manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis”.
Como sempre, não houve qualquer menção à ditadura castrista ou qualquer defesa dos direitos dos cubanos.
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