Operação Mute intensifica ações nos presídios para encontrar celulares
A operação envolve uma equipa especial de policiais penais federais e estaduais, que estarão atuando nos presídios até sexta-feira.
Na manhã desta quarta-feira, 24, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) do Ministério da Justiça e Segurança Pública iniciou a quarta fase da Operação Mute. A ação está sendo realizada simultaneamente em 51 presídios por todo o Brasil, numa tentativa de localizar e confiscar celulares usados por detentos, que servem como ponte para o crime organizado manter suas operações mesmo atrás das grades.
Como Funciona a Operação Mute?
A operação envolve uma equipa especial de policiais penais federais e estaduais, que estarão atuando nos presídios até sexta-feira, 26 de maio. Utilizando tecnologias avançadas para detectar sinais de celulares, os oficiais conseguem identificar em quais celas há aparelhos escondidos e proceder com as necessárias revistas em pavilhões e celas.
Esta medida busca interromper a linha de comunicação de membros de organizações criminosas encarcerados, que utilizam tais dispositivos para orquestrar crimes e controlar atividades ilegais fora dos presídios. A existência dessas comunicações ilegais tem sido apontada como uma das causas diretas dos elevados índices de violência e instabilidade no país.
Impactos Sociais e Econômicos do Crime Organizado via Comunicações Ilegais
De acordo com a SENAPPEN, o combate às comunicações ilegais em presídios é crucial não apenas para a segurança pública, mas também para a saúde social e econômica do Brasil. Estas comunicações facilitam a perpetuação de atos violentos, tráfego de drogas, e até corrupção, afetando diretamente a vida dos cidadãos e a estabilidade econômica nacional.
A Diretoria de Inteligência Penitenciária (DIPEN) tem trabalhado para propor e implementar rotinas e procedimentos que possam sistematizar este combate, não só isoladamente, mas em coordenação com outras forças de segurança e inteligência do país.
Resultados das Fases Anteriores da Operação Mute
Desde a primeira fase da operação, iniciada em outubro do ano passado, a SENAPPEN registrou números significativos que reforçam a importância da continuidade desta operação. No balanço parcial mais recente, que inclui as ações de janeiro a fevereiro de 2024, mais de 1.000 celas foram revistadas resultando na apreensão de 316 celulares em um único dia.
Entre as etapas anteriores, totaliza-se a participação de mais de 8.199 policiais penais em revistas de 8.569 celas por todo o país. A quantidade de materiais ilícitos apreendidos, incluindo não apenas celulares, mas também armas e drogas, evidencia a efetividade e a necessidade deste tipo de operação no sistema prisional brasileiro.
As autoridades responsáveis reiteram que a luta contra o crime organizado é contínua e necessita da colaboração não só das várias esferas do governo, como também da população, sempre vigilante e disposta a cooperar com as forças de segurança para construir um país mais seguro para todos.
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