Operação mira milícia no Rio e prende policiais na Praça Seca
Operação contra milícia no Rio visa combater extorsão e corrupção na Praça Seca, envolvendo policiais.
A manhã desta quinta-feira (25) é marcada por uma grande operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em combate à atuação de milícias na comunidade Bateau Mouche, localizada na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. O objetivo é o cumprimento de 12 mandados de prisão e oito de busca e apreensão.
Como ocorre a ação dos milicianos?
De acordo com as informações divulgadas pelo MPRJ, a operação visa desarticular um grupo acusado de praticar extorsões contra comerciantes, vendedores ambulantes e mototaxistas que operam nessa região. A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), identificou que os milicianos exerciam um controle armado sobre essas atividades econômicas, exigindo pagamentos indevidos para garantir a “segurança” dos trabalhadores.
Qual é o envolvimento de agentes do estado?
Um dos aspectos mais alarmantes dessa investigação é o suposto envolvimento de membros da própria segurança pública. Entre os denunciados pelo Gaeco, há um policial civil e dois policiais militares. Esses agentes estariam fornecendo informações privilegiadas e material bélico, incluindo uniformes, aos criminosos em troca de vantagens financeiras. Tais ações configuram uma grave violação de seus deveres, comprometendo a segurança da população que deveriam proteger.
Quais são as medidas adotadas contra os policiais envolvidos?
O judiciário, a partir de decisões da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa, determinou a suspensão das funções públicas dos policiais envolvidos, bloqueio de bens e outras medidas cautelares. Tais medidas buscam cessar a influência destes agentes no apoio à organização criminosa e garantir a integridade das investigações em curso.
Além dos delitos de extorsão e associação criminosa, os envolvidos, incluindo os agentes do estado, enfrentarão acusações de corrupção ativa. Esses crimes refletem a complexidade e a gravidade das atividades ilícitas que vêm comprometendo a segurança de uma das regiões mais populosas do Rio de Janeiro.
Qual o papel das instituições frente a essas descobertas?
Em resposta às ações do Ministério Público, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da instituição está acompanhando de perto o desenvolvimento das operações e reforçou que todas as determinações judiciais serão cumpridas. Ainda se aguarda manifestações da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública sobre as medidas que serão adotadas para fortalecer a fiscalização e evitar que tais práticas se repitam.
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