Operação Lucas 12:2: Cid e Wassef recompraram joias para devolver ao TCU
Alvos da Operação Lucas 12:2, nesta sexta-feira (11), o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid (foto) e o advogado Frederick Wassef protagonizaram um esquema de venda e recompra...
Alvos da Operação Lucas 12:2, nesta sexta-feira (11), o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid e o advogado Frederick Wassef (foto) protagonizaram um esquema de venda e recompra das joias sauditas que chegaram ilegalmente ao acervo pessoal de Jair Bolsonaro.
O general da reserva é pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. E, Wassef é advogado pessoal da família do ex-presidente.
A investigação da Polícia Federal aponta que Lourena Cid conseguiu vender pelo menos parte daquelas joias no exterior.
Com a revelação do caso das joias no início do ano, veio a ordem do Tribunal de Contas da União (TCU) para a devolução dos bens. O general da reserva e Wassef então recompraram as joias vendidas para devolver ao Estado brasileiro.
Dentre as joias que teriam sido vendidas, estava um Rolex de platina com diamantes.
O item aparece com valor cotado em US$ 60 mil em e-mails de Mauro Cid revelados pela CPMI do 8 de janeiro nesta semana.
Cid descreve o Rolex como “um presente recebido durante uma viagem oficial” .
A CPMI teve acesso a uma resposta de uma compradora enviada em 6 de junho de 2022. Na mesma data, documentos apontam que houve a liberação de um Rolex do acervo privado do então presidente Bolsonaro.
Como revelado pelo Estado de S. Paulo em março, uma comissão encabeçada pelo então ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, tentou entrar ilegalmente no Brasil no final de 2019 com joias vindas da Arábia Saudita.
Sabe-se a existência de pelo menos três pacote de joias. O Rolex estava no terceiro kit. A defesa de Bolsonaro devolveu esse pacote à Caixa Econômica Federal em abril.
Nenhum dos três kits de joias entrou legalmente no Brasil visto que a comitiva não declarou nenhum dos bens à Receita Federal quando pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos — eles precisavam ser declarados, independentemente de serem presentes oficiais da Presidência ou itens de caráter personalíssimo.
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