Operação Hybris III desmascara milícia de deputado na Bahia
Choque na região norte da Bahia: uma operação federal de grande escala desvendou uma teia de crimes sofisticados
Na manhã de sábado, dia 29, a cidade de Feira de Santana foi o cenário da Operação Hybris III. Este movimento estratégico da Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e a Força Correcional Integrada, marca um novo capítulo na luta contra a criminalidade organizada na região norte da Bahia. Os delitos investigados incluem lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
Esse esforço conjunto resultou na execução de mandados significativos, lançando luz sobre as ramificações e as técnicas sofisticadas empregadas por organizações criminosas para operar abaixo do radar das autoridades. A ação é uma resposta direta aos eventos desencadeados pela operação El Patrón, que havia sido deflagrada em dezembro de 2023.
Entenda a Operação Hybris III
A operação deste sábado é fruto de uma investigação minuciosa que segue o rastro financeiro deixado por atividades ilícitas. A Polícia Federal, com o apoio de outras agências federais, conduziu uma operação que não apenas busca responsabilizar os criminosos mas também desmantelar toda a rede de operações ilegais.
Quais foram as medidas tomadas pela PF?
Durante a Operação Hybris III, as autoridades cumpriram um mandado de busca e apreensão domiciliar, um procedimento padrão que visa coletar evidências adicionais para fortalecer o caso contra os acusados. O foco principal dessa operação está no combate à lavagem de dinheiro, uma prática que permite que o dinheiro obtido ilegalmente seja introduzido na economia como se fosse legítimo.
O histórico da operação El Patrón e suas consequências
A Operação El Patrón, realizada no final de 2023, já havia preparado o terreno para este novo desenvolvimento. Naquela ocasião, foram emitidos dez mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas e sequestro de propriedades. O impacto dessas ações foi significativo, atingindo mais de R$ 200 milhões e afetando diretamente as operações de seis empresas envolvidas.
Além do impacto económico, a operação também teve repercussões políticas. Um dos alvos foi o deputado estadual Binho Galinha, acusado de liderar uma milícia em Feira de Santana e envolvimento direto nos crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Após a operação, o parlamentar tornou-se réu, enfrentando a possibilidade de uma pena que, somada, pode ultrapassar 50 anos de reclusão.
As operações Hybris III e El Patrón são exemplos claros do compromisso contínuo das autoridades brasileiras em combater a criminalidade organizada. Através de ações coordenadas e focadas, espera-se não só punir os responsáveis mas também desmotivar a prática desses delitos no futuro, garantindo uma sociedade mais justa e segura para todos.
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