Operação da PM no Rio é marcada por barricadas
Confronto em operação policial na Vila Aliança, RJ, impacta educação e transporte local. Dezenas de ruas bloqueadas e aulas interrompidas. Saiba mais.
Um grande confronto, na favela de Vila Aliança, na zona oeste do Rio de Janeiro, durante uma operação, resultou em ruas bloqueadas e aulas interrompidas em várias escolas da região.
Para tentar impedir a entrada dos policiais, criminosos utilizaram ônibus e até mesmo um caminhão de lixo da Comlurb, que atravessaram nas principais entradas da favela como barricadas. Nesta manobra, o motorista e a equipe de garis que faziam a coleta de lixo foram rendidos e forçados a proceder dessa maneira.
Ao todo, 12 vias estão obstruídas, várias delas com barricadas em chamas e pneus incendiados. Ainda, para tornar ainda maior o impedimento, os criminosos utilizaram uma estrutura de ferro com pontas para impedir a passagem dos veículos da polícia.
Ação afeta aulas e o trânsito na região
O Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que a operação afetou o funcionamento de oito unidades de ensino em Senador Camará. Além disso, dez escolas e creches na Vila Aliança precisaram interromper as aulas, deixando um total de 2.811 alunos sem atividades.
Por conta das barricadas, os blindados da Polícia Militar precisaram subir nas calçadas para se locomoverem. Em algumas situações, os policiais tiveram de desembarcar dos veículos para percorrerem as vielas da região. De acordo com a PM, a operação tem como objetivo buscar armas, drogas e criminosos escondidos na localidade.
Cenário afeta a rotina da população
O cenário impactou também o transporte público local. Além dos bloqueios nas vias, passageiros da Supervia tiveram a sua rotina alterada, tendo dificuldades para embarcar na estação de trem. Apesar disso, a circulação dos trens continuou normalmente, mesmo com o acesso à estação de Senador Camará sendo bloqueado.
A Rio Ônibus, empresa que administra o sistema de transporte por ônibus da cidade, emitiu uma nota repudiando a situação. Conforme a nota, nessa quarta-feira, dois ônibus das linhas 746 e 803 foram usados como barricadas. Durante os últimos doze meses, a empresa contabiliza cerca de 140 casos de ônibus interceptados com a mesma finalidade.
Embora a situação seja conturbada, os funcionários da Comlurb estão fora de perigo e aguardam que a segurança seja restabelecida para retomarem suas atividades. A coleta só será retomada quando a situação de segurança pública da região for normalizada.
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