Operação contra MBL foi baseada em tuítes de perfil bolsonarista
Boa parte da Operação Juno Moneta, deflagrada na semana passada contra o MBL, está baseada em posts de Twitter publicados no ano passado por Let's Dex, um perfil cujo autor é desconhecido, mas que é bastante popular entre bolsonaristas nas redes...
Boa parte da Operação Juno Moneta, deflagrada na semana passada contra o MBL, está baseada em posts de Twitter publicados no ano passado por Let’s Dex, um perfil cujo autor é desconhecido, mas que é bastante popular entre bolsonaristas nas redes.
As suspeitas lançadas pelo promotor Marcelo Batlouni Mendroni sobre as doações feitas pelo empresário Alessander Mônaco, bem como sobre supostas ameaças feitas por Luciano Ayan a quem questiona as finanças do MBL (pseudônimo de Carlos Augusto de Moraes Afonso) seguem basicamente os tuítes de Let’s Dex em outubro do ano passado.
Até as imagens usadas pelo Ministério Público no pedido de prisão dos dois empresários são as mesmas postadas pelo perfil anteriormente. Compare, por exemplo, umas das páginas do documento com tuítes de Let’s Dex, logo abaixo:
O promotor, no entanto, não citou a origem das suspeitas. Afirmou apenas que as doações aparentemente sem motivo feitas por Alessander ao MBL durante lives transmitidas pelo YouTube foram denunciadas por “alguns seguidores” do movimento.
Na sexta-feira (10), dia da operação, o próprio Let’s Dex postou em seu Twitter que o MP-SP buscou “exatamente” o que ele havia indicado:
Com base nas suspeitas de que as doações de Alessander eram feitas de forma a ocultar sua origem, o promotor Marcelo Batlouni Mendroni conseguiu convencer a Justiça a bloquear R$ 3,6 milhões em bens e prendê-lo.
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