ONS pede ligação de termelétricas para conter falta de chuva
Atualizações do ONS sobre a geração de energia elétrica no Brasil, abordando medidas alternativas devido à escassez de chuvas e os desafios do horário de pico noturno.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou uma atualização sobre a situação da geração de energia no Brasil em uma nota publicada nesta terça-feira, 20 de fevereiro de 2024. O órgão destacou que, apesar da escassez de chuvas, não há risco para o abastecimento de energia no país. No entanto, salientou a necessidade de implementar medidas alternativas para garantir a estabilidade do sistema energético.
De acordo com o ONS, a falta de chuvas tem impactado significativamente os reservatórios das hidrelétricas, que são a principal fonte de energia elétrica no Brasil. Esse cenário exige ações preventivas e ajustes operacionais para manter a segurança do abastecimento.
Medidas Alternativas para a Geração de Energia Elétrica
Com a menor disponibilidade de recursos hídricos, especialmente na região Norte, o ONS afirmou que diferentes medidas estão sendo adotadas para enfrentar as dificuldades das hidrelétricas. Entre as ações propostas, destaca-se o acionamento antecipado de usinas termoelétricas a GNL (gás natural liquefeito).
Uma das usinas mencionadas na nota é a termelétrica Termopernambuco, cuja operação comercial estava prevista para 2026, mas agora será antecipada para outubro de 2024. Essas medidas foram discutidas com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que acompanha a situação da geração de energia.
Quais são as Medidas Adotadas pelo ONS?
O ONS detalhou as medidas alternativas que foram apresentadas ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, com foco em garantir a segurança energética do país durante os períodos de maior consumo de carga, que ocorrem especialmente à noite. As medidas incluem:
- Acionamento de usinas termoelétricas a GNL com despacho antecipado.
- Redução do uso de usinas hidrelétricas do subsistema Norte para preservar os recursos hídricos da região.
- Implementação de ações preventivas e operativas adicionais durante os meses de outubro e novembro.
Apesar dessas ações, o ONS frisou que o Sistema Interligado Nacional (SIN) possui recursos suficientes para atender a demanda por energia, não havendo risco de desabastecimento.
Horário de Pico e Geração de Energia
Um dos maiores desafios enfrentados pelo ONS é o horário de pico à noite. Durante esse período, a demanda por energia aumenta consideravelmente, ao mesmo tempo em que a geração de energia solar diminui. O sistema, então, depende das usinas eólicas e hidrelétricas.
No entanto, a geração eólica é variável e depende da incidência e velocidade dos ventos. Com a escassez de chuvas, a geração hidrelétrica também fica comprometida. Por isso, o ONS precisa acionar usinas termelétricas, que, embora mais caras e poluentes, são capazes de fornecer uma geração de energia mais estável e “firme”.
O Futuro da Energia no Brasil
O cenário atual demonstra a importância de diversificar a matriz energética do Brasil. A dependência excessiva das hidrelétricas, embora eficiente e limpa, expõe o país a vulnerabilidades climáticas. Por isso, investimentos em outras fontes de energia, como eólica, solar e biomassa, são essenciais para garantir a segurança energética a longo prazo.
As medidas anunciadas pelo ONS são temporárias e visam assegurar a estabilidade do sistema elétrico nas próximas semanas e meses. Entretanto, é fundamental que o país continue ampliando e diversificando suas fontes de energia para evitar crises futuras e atender à crescente demanda de energia de maneira sustentável e segura.
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