Onde Simone ainda pode conseguir (ou roubar) votos
A semana termina com Rodrigo Pacheco sendo o favorito na disputa pela presidência do Senado. O candidato de Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro conseguiu reunir nove partidos em torno de sua candidatura e, em tese, já tem os votos suficientes para ser eleito no início de fevereiro...
A semana termina com Rodrigo Pacheco sendo o favorito na disputa pela presidência do Senado. O candidato de Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro conseguiu reunir nove partidos em torno de sua candidatura e, em tese, já tem os votos suficientes para ser eleito no início de fevereiro.
Do lado de Simone Tebet, a candidata do MDB, há um esforço para manter a avaliação de que “o jogo ainda está só começando”, com a candidatura dela sendo anunciada somente na última terça-feira. Hoje, como antecipamos, o partido criou um grupo de trabalho nacional para tentar impulsioná-la.
Por ter chegado depois na busca dos votos, Simone está esbarrando na barreira que Alcolumbre montou ao longo de todo o ano passado. Antes de o STF impedir a sua tentativa de reeleição, o senador do Amapá coordenou, por exemplo, a distribuição de emendas parlamentares em meio à pandemia e agora está cobrando o apoio a seu escolhido para a sucessão.
Na próxima semana, apurou O Antagonista, Simone tentará garantir os votos das senadoras Leila Barros (PSB) e Soraya Thronicke (PSL), fortalecendo a narrativa de ser a primeira mulher a tentar chegar ao topo do Congresso.
A senadora do Mato Grosso do Sul também buscará roubar votos de Pacheco no PT, que tem seis senadores, e tentará virar o jogo no PSDB, onde o placar hoje estaria em 4 a 3 a favor do adversário — o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, já teria sido acionado para possível ajuda nessa virada de votos.
Dentro do próprio MDB, agora com a ajuda de Renan Calheiros, o desafio de Simone será convencer Luiz do Carmo, de Goiás, a votar com o partido. Além disso, terá de lidar com Rose de Freitas, que chegou recentemente do Podemos e tem um compromisso com Alcolumbre — foi ela a autora da PEC, que acabou não sendo votada, que legitimaria a reeleição do senador do Amapá. Há dúvidas sobre o posicionamento de Veneziano Vital do Rêgo, também recém-filiado ao MDB, e da mãe dele, Nilda Gondim, que, como primeira suplente de José Maranhão, assumiu no lugar do senador, que se recupera da Covid-19. O Antagonista não teve respostas de Veneziano.
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