O silêncio suicida de Fabrício Queiroz
Ainda sobre Fabrício Queiroz, a Crusoé publicou que, quando der depoimento ao Ministério Público, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro deverá dizer que movimentou o 1,2 milhão de reais em sua conta (600 mil entrando, 600 mil saindo), por causa da venda de bugigangas compradas no exterior. Que o faça logo, então, recomenda Elio Gaspari...
Ainda sobre Fabrício Queiroz, a Crusoé publicou que, quando der depoimento ao Ministério Público, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro deverá dizer que movimentou o 1,2 milhão de reais em sua conta (600 mil entrando, 600 mil saindo), por causa da venda de bugigangas compradas no exterior.
Que o faça logo, então, recomenda Elio Gaspari:
“O silêncio de Queiroz pode ser eficaz para quem olha para o tempo político. É suicídio porque esse tempo nada tem a ver com o do Ministério Público. Os procuradores não têm pressa, têm perguntas. Se ele movia tanto dinheiro porque transacionava com mercadorias, deverá dizer de quem as comprava e para quem as vendia.
A esperança de que Queiroz passe pelo Ministério Público administrando um silêncio seletivo é suicida. Peixes grandes como Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci tiveram a mesma ilusão. Queiroz é um lambari, sua movimentação financeira não compraria um dos relógios com que as empreiteiras mimavam maganos. Contudo, sua trajetória e seu silêncio são ilustrativos do que vem junto com a ‘cultura da violência’. Ele foi da PM para um gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, empregou parentes e têm a confiança da Primeira Família da República, cujo chefe elegeu-se presidente com uma plataforma moralista e justiceira.”
O problema é Queiroz “suicidar” alguém mais do que ele próprio.
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