O papel do pai de Mauro Cid no caso das joias
Pai do coronel Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid (foto) é suspeito, pela Polícia Federal, de atuar nas operações de venda de relógios e joias dados como presente ao Estado brasileiro. O militar em topo de carreira é um dos alvos da "Operação Lucas 12", que a PF colocou nas ruas nesta sexta-feira (11)...
Pai do coronel Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid (foto) é suspeito, pela Polícia Federal, de atuar nas operações de venda de relógios e joias dados como presente ao Estado brasileiro. O militar em topo de carreira é um dos alvos da Operação Lucas 12:2, que a PF colocou nas ruas nesta sexta-feira (11).
De acordo com a PF, o dinheiro angariado pela venda de aparelhos da marca Rolex, pelo militar, seriam depositados diretamente em uma conta sua no estado americano da Flórida. O Brasil pediu que o governo dos EUA colabore com as investigações e quebre o sigilo bancário das contas relacionadas ao coronel, que era o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, busca investigar uma possível rede de financiamento envolvendo o ex-presidente, seu ajudante de ordens mais próximo e sua família, que mora nos EUA. O próprio general Mauro Lourena Cid mora em Miami e, durante os anos Bolsonaro, assumiu um cargo na Apex em Miami. Seu filho, no entanto, segue preso acusado de falsificar cartões de vacinação.
Na “Lucas 12”, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão contra uma suposta associação criminosa que, na descrição da PF, usou a estrutura do Estado brasileiro para enriquecimento pessoal. “Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, explicou a PF.
A operação integra o inquérito da “milícias digitais”, em investigação aberta no STF, e que atinge em especial aliados do ex-presidente Bolsonaro. Na Bíblia, o versículo Lucas 12:2 diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido” e pode ser entendido como uma referência direta a outro trecho, o de João 8:23 usado constantemente pelo ex-presidente. Popularizado por ele desde as eleições de 2018, o enunciado era que “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
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